terça-feira, 17 de junho de 2008

Fumante é o bandido

Li estes dias um articulista do Diário Catarinense falando que o fumante foi escolhido, nos últimos tempos, como o vilão do meio ambiente ou, ops, dos ambientes . Ele é um excluído em todos os ambientes pois age como um predador dos pulmões alheios. Ironias e verdades à parte, o fumo, mesmo, faz mal à saúde, poderíamos fazer algumas ilações nada gratuítas, tais como:

- os tomadores de bebidas, todas e principalmente as alcoólicas, esses não são tão bandidos, mesmo que tomem e virem verdadeiros assassinos quando nos volantes, nas ruas e estradas da vida. Quantos acidentes e quantas mortes ocorrem a cada minuto porque um motorista dirige alcoolizado? Os hospitais que o digam e o povo é quem paga pelo prejuízo. Ninguém faz campanha contra os tomadores das biritas.

- os usuários de drogas que misturam o pó e otras cositas más nas bebidas alcoólicas, fazem badernas nas estações-tubos e ônibus, arrancam placas e pedras das vias públicas, ah, mas não são considerados tão bandidos quanto os fumantes... No máximo, nos estádios, não se apanha nenhum drogado, mas se proibe a venda da cervejinha...

Acredito, mesmo, que as coisas poderiam ser estirpadas pelo Governo e pelo Congresso: bastaria que fosse proibido plantar fumo e fabricar cigarros e distribuir essa erva maldita que tantas mortes causa na população pré-cancerosa. Já que a bebida alcoólica prejudica a saúde e causa tantos transtornos no mundo, que tal uma total proivbição de sua fabricação e sua venda nos botecos do nosso querido Brasil!? Acabar-se-iam os problemas, os hospitais não teriam tantas despesas com os tratamentos médicos. E o meio ambiente estaria livre desses bandidos que tanto mal causam no nosso dia-a-dia.

Problema é que, proibido o fabrico de cigarros e das bebidas, logo logo algum ladino membro da bancada governista proporia um novo tributo para substituir as perdas com a arrecadação dos cigarros e das bebidas alcoólicas. Correremos esse grave e sempre imimente risco... Mas, agradecidos, estaremos livres desses nefastos predadores.

terça-feira, 10 de junho de 2008

Cidadania aos índios já!

Parece que não estamos vivendo num mundo correto quando se olha e se sabe o que acontece com os índios no Brasil. Vejamos:

- nos noticiários recentes, internacionais principalmente, com reflexo rápido em nosso rincão, eis que se sabe que há tribos de índios estabelecidas em suas 'reservas' (reservas de quem mesmo, cara pálida?) funcionando com laptops moderníssimos, ligados a sinais de satélites certamente em contatos com seus mestres que querem que a Amazônia, por exemplo, seja território internacional. Uma reserva mundial, o pulmão para o mundo 'civilizado'!!!!

- quantos de nós já vimos ou convivemos, mesmo que de passagem, com nossos indígenas? A gente percebeu que a maioria é simplória, olhares sem esperanças diante do porvir, aqueles olhos pedintes, na maioria, submissos, como que conformados com o domínio dos caras pálidas, sem aspas.

- ora, se grande parte de líderes indígenas já está usando computadores, celulares, equipamentos de segurança, armas inclusive (não temos provas disso, ainda), por quais motivos os nossos 'líderes do povo' não aprovam uma lei tornando-os cidadãos de primeira ou de segunda classe? Sabem todos que índio não vai preso por atirar uma seta ou cortar orelhas de quem quer que seja em nosso civilizado país!.. Eles nem são cidadãos perante a nossa constituição, são vistos e tratados apenas como um rebanho de pessoas que devem ser atendidas em suas reservas que na verdade não pertencem a eles. Pertencem a quem os patrocina de lá de fora somente para conseguir retirar as principais riquezas que ainda (será que ainda?) se encontram em terras nacionais.

- que coincidência que, numa larga área territorial, a chamada Amazônia (pegando Brasil, Venezuela, Colômbia, etc), vem surgindo no noticiário a idéia de que as 'nações indígenas amazônicas' devem ser reconhecidas, transformadas numa espécie de país. E, claro, esse tese é defendida no exterior, principalmente formulada por ONGs certamente ligadas aos exploradores que continuam, há mais de quinhentos anos, achando que isso aqui é e continua sendo a sua colônia...

- é bom achar, desde já, que índio é gente, é brasileiro, ou venezuelano, ou colombiano, como qualquer morador nessas paragens. Na verdade, o dono desta terra abençoada e explorada, há milênios. Ele poderia votar, ter carteira de identidade, receber bolsa família e não os minguados centavos que lhe chegam, quando chegam, em suas reservas, aposentar-se depois de 65 anos com o dinheiro coletivo dos caras pálidas que confiam na honestidade dos governantes, ter assistência médica e medicamentos confiáveis para suas dores e clamores. Enfim, índio deveria mesmo ter a cidadania plena, como todos nós.

- alguém topa criar e fazer barulho como uma ONG chamada 'Cidadania aos Índios Já'? Receberemos recursos a fundo perdido do governo, ou dos governos, abriremos uma conta corrente nos maiores bancos estrangeiros principalmente para recebermos polpudas doações a uma nobre causa, a causa de devolver um pouco àqueles que saudaram a chegada desses maravilhosos caras pálidas do mundo civilizado, há mais de quinhentos anos. Seria, mesmo, dar melhor sentido ao mundo em que vivemos...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Então, tá (IV)

Eis que adentra na nossa sala de trabalho, em Vidal Ramos, SC, um sujeito vestido como investigador portando no peito um círculo com as letras grandes FBI. Não pediu licença, não saudou e foi perguntando pela chefia, sem citar nome. No susto, tanto as funcionárias quanto eu, com caras de sonsos, balbuciamos alguma coisa e perguntamos se ele tinha marcado alguma visita e com quem mesmo ele queria falar. Abruptamente, tal como entrou, disse que queria falar com o chefe.

Uma das meninas abriu a porta da chefia e esta mandou entrar. Nós, ali na frente da sala da chefia, ficamos apreensivos, pois não tínhamos nem pego o nome do cara do FBI. Minutos depois, eis que ele sai da sala e diz até logo. Foi quando vimos que no círculo onde havia as letras FBI estava escrito Federação Brasileira de Investigações. Era simplesmente um sujeito que foi oferecer serviços de vigilância para a empresa, inclusive tendo pedido desculpas para a chefia porque eles até estavam com um funcionário preso por uso de armas mas que era uma firma de que poderia fazer grampos, câmeras mil, etc.

Então, tá.

Meio ambiente ou ambiente como meio?

Longe de mim querer ter razão em tudo, ou na maioria das coisas, mas a gente precisa entender o que é mesmo defender o meio ambiente nos dias quase turbulentos como os de hoje. Muito se lê e se vê sobre ambientalismo, aquecimento global como conseqüência do nada sustentado desmatamento, lutas armadas até, como foices sem martelos, em torno do assunto. O problema que vejo é até falta de educação ambiental: poucos se preocupam com os esgotos que saem de suas casas, dos sofisticados edifícios que se erguem sem qualquer compromisso com o meio ambiente urbano. Todos sabemos para onde vai o esgoto, claro, para o ralo da natureza, os lençóis, dos rios e riachos, quando não se concentra em áreas abertas que exalam cheiros realmente poluidores, num desconforto danado para todos. Não se vê, nos estudos e nas aplicações das regras das leis e das normas urbanísticas e urbanizadoras qualquer item sobre aumento das redes de esgotos. Não se precisa dizer que muitas das doenças que assolam o mundo que nos cerca saem exatamente da falta de um programa e um sistema de saneamento básico.

Agora, algumas perguntas: vocês conhecem alguma ONG que trate desse assunto com a mesma intensidade como que lutam contra o tal do aquecimento global? Alguém poderia dizer o que acha dos baixíssimos índices de saneamento básico nas cidades como Florianópolis, Curitiba, São Paulo e outras de maior porte? E as de menor porte, possuem redes de esgotos adequadas à demanda dos seus moradores? Alguém sabe se os órgãos ambientais atuam na proibição de florestamento com árvores exóticas como pinus e eucaliptos, somente paa falar de duas espécies, junto aos leitos dos rios, aos vales das águas? Claro que isso parece não afetar as responsabilidades dos ditos órgãos. Parece não ser responsabilidade funcional deles.

O que importa mesmo é criar ONGs, comitês e organizações que possam receber recursos a fundo perdido sem aplicar em programa algum. Ou, quando se pede prestações de contas pelas verbas recebidas, ou desaparecem as entidades ou desaparecem os seus responsáveis. E o dinheiro do povo foi para o ralo, assim como vão os esgotos sem devido tratamento.

Se existissem realmente pessoas preocupadas com o meio ambiente, teríamos um mundo melhor e menos poluído. O que se vê, com pesar, é que muitos usam o ambiente como meio de ganhar uns. O resto é falta de real consciência ambientalista... Uma pena.