sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Verdadeiro Trem da Alegria, com o erário público

O que mais indigna o cidadão comum é que as aposentadorias normalmente são concedidas proporcionalmente à sua contribuição: por que os deputados não criam um fundo de aposentadoria com base ao tempo e ao valor de suas próprias contribuições, ao largo dos seus mandatos? Há deputado com mais de 20 anos de atividades. Será que pública emborca a sensibilidade dos que representam parcelas da população? Ou atacam o erário público sem ficar vermelhos de vergonha? Dizer-se impotente para reagir ou agir com dignidade e honestidade é falta de capacidade representativa. Tomara que o povo não esqueçca desses atuais deputados na próxima eleição.

Ora, isso não é de ninguém!

Falta da escolaridade, inexistência de valores em muitas famílias e até na escola hoje em sucateamento generalizado, maus exemplos das autoridades com a coisa pública parecem que incutem no cidadão comum o raciocínio de que qualquer bem, móvel ou imóvel, não é de ninguém, ganha quem chega antes.
Estarrecedores os registros televisivos desta terça-feira, dia 16 de dezembro, ao serem constatados desvios, na verdade roubos, de produtos doados pelos brasileiros para os flagelados das enchentes catarinenses. Gente jovem, voluntária ou por dever de serviço, aproveita-se e se apropria daquilo que não é seu, daquilo que se destina a quem realmente sofreu e sofre com a falta de ação governamental na prevenção de situações de risco que por vezes é previsível.
Triste é viver numa terra onde todos, de cima para baixo ou de baixo para cima, usam a malfadada Lei de Gerson, “levar vantagem em tudo, certo?” Se um soldado, ainda jovem começando a vida e recebendo instruções cívicas nos quartéis e nos pátios sobre ordem e progresso, acha que as doações do povo brasileiro não são de ninguém, imagine-se o que acontece na vida de quem recebe delegação de representatividade popular nos demais escalões das autoridades brasileiras...
Bondade e solidariedade, pelo visto, não são de ninguém.