quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Os desejos ideais para 2011

Se tivéssemos uma bola de cristal e acreditássemos que ela funciona, poderíamos imaginar o que poderia acontecer no próximo ano:

- que Jáder Barbalho, enquanto comandante da Sudene, morta depois da descoberta de desvio de mais de 4 bilhões de reais e ressuscitada mais tarde por interesse dos grupos nordestinos, fosse efetivamente condenado a devolver dito valor aos cofres públicos.

- que a Lei da Ficha Limpa tenha aplicação pela Justiça e que os julgadores não procurem tergiversações inócuas jurídicas para proteger apaniguados...

- que políticos e governantes diminuam as despesas evitando contratações de cabos eleitorais para funções que desconhecem técnica e profissionalmente.

- que Câmara Federal, Senado Federal, Assembléias Legislativas e Câmaras Municipais deixem de contratar assessores fantasmas, prestem contas mensais dos seus gastos e seus membros atuem como verdadeiros representantes das vontades da população.

- que licitações públicas sejam efetivamente corretas para as obras públicas e se acabe com os caixas dois, três ou quatro para os governantes de plantão.

- que sejam promulgadas as leis da reforma tributária, eleitoral e judiciária com diminuição de custos para se viver no Brasil.

- que as bolsas família sejam concedidas apenas para aquelas que mandam seus filhos para a escola, com adultos escolarizados, acabando-se com o assistencialismo eleitoral.

- que as tarifas de serviço público essencal, como energia elétrica e água/saneamento, sejam de custo social, sem os aumentos acima da inflação.

- que todos sejamos honestos, paguemos justos tributos e cobremos retorno efetivo dos benefícios pelos quais pagamos.

- que os remédios sejam mais baratos e que a saúde pública funcione sem cobranças adicionais em impostos ou taxas que asfixiam o bolso popular.

- que todas as decisões tomadas pelos legisladores e executivos sejam republicanas, ou seja, atingindo todos os brasileiros, estejam onde estiverem.

- que o próximo ano novo traga alegrias e realizações a todos os brasileiros, sem banditismo, tráfico de drogas e de interesses, segurança realmente pública.

Se conseguirmos 10 por cento de tudo isso, o ano de 2011 poderá ser marcado como um ano super especial, na história do nosso Brasil.

As notícias que desejamos esquecer....

O nome do Campo Tupi, com potencial enorme de petróleo, era provisório, segundo a Petrobrás, e a partir de agora foi chamado de Campo do Lula. A dissimulação, para não dizer cara-de-pau, é tamanha que, logo após as reações de muitos de que denominar obra com nome de pessoa viva é ilegal, explicam que não, não é em homenagem ao presidente retirante do nosso combalido e desvalorizado Brasil, e sim de um molusco. E, pasmem a cara-de-pau do 'homenageado', este diz que gostou da denominação pois viu um molusco gigante, de até 17 metros, e que o dito molusco merece ser homenageado assim. Ah, me engane que pronunciados 87% de aprovadores do governo que termina devem estar gostando!...
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Em final de governo e de período Legislativo, eis que membros do Congresso resolveram aumentar os seus salários e dos membros do próximo executivo com índices astronômicos. Enquanto isso, aposentados e trabalhadores em geral pouco recebem de aumento anual, abaixo da inflação e dos índices de preços. E os 'ricos', aqueles que depositaram no INSS valores equivalentes a mais de dez salários mínimos, e ganham mais de 1 mil reais por mês, são punidos por 'falta de caixa', como se aposentadoria fosse despesa orçamentária e não retorno financeiro/pecuniário pelo aporte de 30 a 35 anos dos trabalhadores num caixa desadministrado pelos ocupantes de plantão do poder central. Enganem-nos, sim, que os cordeiros gostam...
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Famosos fichas sujas deste nosso Brasil estarão assumindo suas cadeiras no Congresso, quando fevereiro chegar, dando risada dos brasileiros que sonhavam em finalmente extirpar os maus administradores das coisas públicas.
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Todos falam da extraordinária aprovação do governo que está terminando seu mandato e se esquecem que temos mais de um trilhão de reais de dívida interna, normalmente paga com precatórios que, no mercado comum, valem menos de 50%... E que a dívida externa está lá nas alturas, mais de 260 bilhões de dólares junto ao FMI...
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terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Tempo Voa e Muita Coisa Fica à Toa

O tempo passa, o tempo voa e as coisas muitas vezes ficam à toa. Parodio uma celebrada propaganda de um banco já inexistente para levantar um tema que poucos abordam, o conhecimento necessáro para se viver, progredir, aumentar relacionamentos, melhorar individual e coletivamente, decidir melhor os destinos que todos merecem. Quantas obtusidades vemos pelos quatro cantos de nossa vida!
Vejamos: há pessoas, jovens ainda, que têm medo de sentar diante de um computador e, ali, no teclado, dedilhar alguma coisa para despertar suas curiosidades ou aumentar o seu conhecimento sobre esse monstro sobre o qual todos falam, dizem, fazem e estão usando, se comunicando, negociando, passando o tempo! Não raras vezes, num encontro, você pergunta a determinada pessoa sobre o seu email e ela lhe informa mas a gente sente que esse email não é tão usado como devia, a não ser que conte com ajuda de um neto, um filho ou um amigo ou uma amiga.
Quando você tenta comentar sobre música com algumas pessoas, jovens principalmente, fica atônito com o pouco conhecimento sobre música clássica, erudita, música popular brasileira, bossa nova, samba brasileiro ou mesmo aquelas da moda dos anos 60, 70 ou 80. A falta de interesse de ter o mínimo conhecimento sobre autores, compositores, etc. é endêmica nesse meio jovem. Dizem que isso é coisa de velho, de gente que vai morrer daqui a pouco e tudo se esquece.
Se perguntarmos sobre qual livro ou obra que costumam ler, ou que leram na sua vida de trinta, ou quarenta anos, as pessoas olharão para você como se tivesse vindo de outro planeta! Quanta ousadia perguntar isso, isso já era! É de estarrecer um país como o nosso, com quase 200 milhões de almas quase penadas, ter tão pouca leitura. Poucas tiragens para o potencial de leitores se estes tivessem o hábito de viajar pelo mundo do conhecimento.
Tenho para mim que o Brasil somente chegará a melhores posições quando não for medido apenas pelo tamanho de seu território e de suas riquezas, abaixo ou acima do solo, ou mesmo pelo seu expressivo consumismo fútil. Quando seu povo for mais interessado em ter uma real educação, hábitos coletivos com valores, olhar de futuro e não viseirado pelo que tem ou ganha no presente. Será melhor quando não se deixar levar pelos cantos populistas dos governantes que, parece, almejam alienação contínua e super interessante para não serem exigidos e cobrados como deviam.
Até quando continuaremos obtusos e alienados pelo porvir?

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Como você gostaria de ser lembrado?

Se uma pessoa soubesse que iria morrer digamos daqui um ou dois anos, e tivesse até data e hora para sair dessa existência mortal, ou, como alguém diria, “desta para outra melhor”, como é que ela gostaria de ser lembrada pelos seus familiares, amigos, conhecidos?
Nas motivações de platéias, principalmente naquelas de profissionais comunicadores de palcos empurrando para o alto a nossa autoestima, ou para melhorar de relacionamento ou nos induzir a comprar alguma coisa, é comum se trabalhar nas emoções e nos impulsos orais e visuais de como gostaríamos de ser lembrados.
Esse exercício é feito por poucos, nos dias atuais. Queremos ser lembrados porque fizemos algum bem, proporcionamos alegrias e satisfação para outros, os que nos rodeiam ou rodeavam?
Quando falarem da gente, estaremos em que posição nas avaliações: éramos divertidos, humorados, praticávamos o bem para o próximo ou simplesmente ´morgamos´, ou seja, deixamos a vida passar e vivemos do jeito que deu?
Qual a verdadeira herança que deixamos para os nossos descendentes, para a nossa viúva ou nosso viúvo? Deixamos exemplos de comportamento e de vida, ou deixamos os bens que acumulamos? Quais foram esses bens?
Será que fomos verdadeiros e justos com os outros? Criamos por acaso boa vontade e melhores amizades, fizemos as coisas que realmente eram importantes para todos os interessados?
Que rastros foram deixados, espinhosos, perfumados, tortuosos, cheios de curvas impedindo visões mais distantes para os semelhantes? Ou deixamos pegadas em que todos andam com facilidade, sinais abertos para o sucesso nas suas vidas, tanto em nível familiar quanto coletivo ou profissional?
Trilhamos caminhos que buscaram harmonia entre as pessoas, fomos criativos e benéficos para todos os interessados? Teríamos na verdade feito o melhor de nós, buscando mais o bem comum ou fizemos de tudo para levantarmos bens materiais que imaginamos poder levar ao túmulo? Ou nem nos passou isso pela cabeça?
Essas inúmeras perguntas devem-se a análise sobre o comportamento humano numa terra como a nossa: muitos nascem, crescem, estudam, casam, formam famílias ou deformam e por vezes têm pouco tempo para avaliar os motivos porque vivem ou viveram.
Temos certeza de que pessoas com valores, criadas em ambientes sólidos na fé e na religiosidade, contemplando os exemplos passados como ponto importante para dar rumos melhores ao seu viver, junto aos seus e aos que conhecem e curtem como seres viventes, podem até se despreocupar de como serão lembrados. De uma forma ou várias formas, terão deixado imagens e exemplos de que valeu a pena passar desta para uma melhor.
Neste tempo de Natal, transformado em um grande consumismo, cada vez mais crescente, talvez o melhor presente que cada um pode dar a si mesmo seja fazer uma lista do último ano, do que demos e do que recebemos, porque neste comparativo teríamos ao menos um lampejo de como seremos ou gostaríamos de ser lembrados.

Valores cada vez mais distantes

O crescente aumento de atividades informais, com pessoas esquivando-se de pagar mais taxas e tributos sobre mercadorias e serviços, torna o nosso país num lugar extenso fadado a ter trabalhadores protegidos pela máquina maior, que é o Estado nos diferentes níveis, federal, estadual e municipal.
Avaliemos quantos funcionários, concursados ou não, ingressaram nos últimos quinze anos no paraíso que muitos chamam de serviço público. Segundo os grandes veículos, apenas na esfera federal adentraram mais de trezentos mil. Uma vez dentro, tenham atividades ou não, vindos por indicações partidárias ou não, eis que a classe do servidor público busca ter um emprego em que se oferecem regalias e responsabilidades, e principalmente direitos, garantindo um futuro melhor.
Se possuem sistema previdenciário adequado, isso pouco importa aos servidores; se existem condições de subirem na carreira ou mesmo acessarem níveis melhores nas funções, deixa isso para lá, o importante é que no final do mês seu ´holerite´ esteja garantido.
Analistas desse quadro, cada vez mais viciado, ficam constrangidos com a prática estatizante que observam a cada período governamental. A máquina cada vez mais onerosa, despesas aumentando e pouca coisa sendo racionalizada, diminuindo custos. Houve épocas em que ministros e governadores ficavam abismados com a burocratização do serviço público, leis até foram baixadas e com o tempo relaxadas e a sonhada desburocratização ficou apenas no papel e nos sonhos não concretizados.
Quando você precisa de algum serviço público, primeiro terá que ficar em filas e aguardando atendimento. Terá que agendar horário, pois os expedientes são móveis, principalmente quando você mais precisa. Pega senhas e aguarda tempos e horas para chegar sua vez.
Penso que, em raras exceções, o servidor público não é informado da essência de suas atribuições, que é servir, ser útil ao povo, que paga seus vencimentos através de tributos e taxas que atingem todos os produtos que consome ou serviços que recebe ou deveria receber. O seu patrão não é o governante de plantão e sim o contribuinte que está ali à sua frente, querendo atendimento às suas necessidades.
As expectativas dos brasileiros conscientes de sua cidadania é que, no serviço público, seja executivo, legislativo ou judiciário, deveria haver uma ordem unida: todos são iguais perante a lei e têm os mesmos direitos e deveres. Não importa se estão antes ou depois dos balcões de atendimento público.
As castas surgiram há tempos e continuam surgindo sem que os cidadãos saibam de seus imutáveis direitos. O Estado pode e deve ser perfeito quando seus atores e atrizes usarem valores e princípios nos níveis do patrão maior, o povo, que mantém o sistema todo.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Muito varonil e pouco gentil

Como são interessantes os comportamentos das pessoas, quando já tomaram uma decisão ou não querem mudá-la, mesmo que obtenham mais informações, mais provas de que seu posicionamento pode estar equivocado, errado!
Falo da presente campanha eleitoral: saindo de uma frágil representatividade popular, com candidatos sem o necessário carisma que poderia ser ideal para falar, agir e pensar em nome de mais de 200 milhões de pessoas, eis que enxurradas de denúncias sobre os dois concorrentes chegam à nossa caixa virtual de mensagens. Denúncias com fotos, documentos de nascimento até em búlgaro, frases acusadoras de desvios, comparações de governos como se um não fosse substituto tendo usufruto de outro.
Quem, menos avisado das coisas desse nosso país, não conhece como são as eleições brasileiras, poderia imaginar que está numa terra sem controle, sem noções do que é uma democracia e que valores inexistem nesta pátria muitas vezes varonil para quem está no poder e pouco gentil para a ética, a moral e a justiça.
Frases de efeito assolam nosso dia-a-dia sem que o povo saiba o que cada um dos concorrentes efetivamente vai poder fazer, uma vez na função de Presidente do Brasil. Panfletam verbalmente, na tela e no microfone, quais as suas metas e as suas intenções sem ter absolutamente mínima ideia dos custos e das reais possibilidades de cobertura para efetivarem as promessas. Sabem eles, sim, que a memória do povo é curta, bastando que no final do mês tenha algum para tocar a vida. A maioria é imediatista e sempre procura levar vantagem em tudo, certo? – parodiando a `lei de Gerson´.
O povo entenderia como vantagem se prometessem unificar e diminuir os quase cem tributos, baixando-os e dando mais poder de renda à população? Se prometessem desburocratizar a máquina estatal, em todos os níveis, teriam apoio popular? Se abrissem as caixas pretas do sistema financeiro, das empresas estatais e multiestatais, fundos oficiais de pensão, dos tribunais e cartórios diversos que se dizem isonômicos, ganhariam pontos junto ao povo?
Estamos diante de impasses, como acontece sempre às vésperas de mudanças no cargo e encargos de dirigente nacional de plantão: um deles está em agradar brasileiros e brasileiras, acostumados a assistir, passivos, a embates eleitorais com capítulos diários de novela bizarra, à espera de alguma vantagem, mesmo que esta seja apenas uma quantia mensal que o desestimula a buscar emprego, trabalho, aprendizagem.

sábado, 9 de outubro de 2010

Corrente do bem

Curioso que pessoas maldosas, que corrompem e criam escolas de roubos, de mensalões, de nada vi e nada sei, de nepotismos, de esconde dinheiro nas cuecas, de compadrios nefastos, de subterfúgios, de afronta permanente ao legal, à moral e à ética, quando contrariadas nos seus propósitos de continuar no poder, acusam que a imprensa é canalha, que seus adversários mandam circular na internet uma corrente do mal. Que mal é esse? Mal para eles, sim, que querem ficar mamando nas tetas estatais, protegendo mais de 300 mil novos funcionários públicos a partir dos quadros e das indicações partidárias...
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Imaginemos que presidentes anteriores ficassem no cargo e mesmo ´fora do expediente´(se é que presidente ou governador tem expediente) fossem a um comício a favor de seu candidato: a oposição ficaria quieta, aceitaria isso como está aceitando na atualidade? Nada, movimentaria seus ´movimentos de trabalhadores sem terra e sem teto e sem vergonhas´ querendo a cassação, destituição, etc... Passivos, estamos aceitando que o nosso popular dirigente deite e role e ninguém, nem do Ministério Público, nem do Judiciário, tidos como guardiães do ético, do moral e do legal, falá ou dá mostras de que isso numa democracia e numa república não pode, não deve ocorrer.
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Sempre fui pela renovação e contra reeleição, pois os vícios cada vez vão aumentando e melhorando a favor de quem continua no poder. Alguém está mesmo fiscalizando as verbas de campanha, quem está jorrando dinheiro para jatinhos, megacomícios? Ouve-se alguma coisa sobre isso por aí? Informem-me, por favor, se sabem alguma coisa sobre.
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Eu faço parte da única corrente que conheço, a corrente do bem, do bem querer, do bem melhor para os meus, familia e familiares, minha comunidade, meus amigos e aqueles que serão logo meus amigos. A palavra BEM tem um só significado, não existe meio bem, grande bem, bem é um só. Portanto, estou firme na Corrente do Bem, pelo Brasil melhor, mais desenvolvido, mais coerente, mais justo, mais ético. O resto deve ser intriga dos usurpadores dos benefícios coletivos, que deveriam ser mesmo coletivos e não privilégios de uns que querem ficar no poder. Vamos alternar, vamos fazer as coisas direito, pelo Bem.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Os mundos que nos afetam e rodeiam

Tenho consciência de presumir que existem vários mundos ao nosso redor, que nos incomodam, nos impulsionam, nos movem para vivermos. Os mundos que determinam o nosso jeito de viver estão por aí, quase imperceptíveis mas que nos fazem trabalhar, curtir os benefícios da chamada modernidade, não interessa se temos cinco, vinte ou oitenta anos. Tudo é visto como moderno, da moda, atual ou normal. Mas, cara pálida, você tem realmente noção em que mundo está vivendo? Onde você está situado?
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Pois o seu primeiro mundo está apenas em você, como seu dia-a-dia estabelecido não se sabe quando, porque e como. Mas o seu mundo inicial é a sua família, formada há séculos por variadas circunstâncias. O tamanho de sua família não tem como ser estabelecido, porque não depende apenas de você, deve ter tido alguma parceria, algum empurrão ou vários empurrões, sem ilações humorísticas. E talvez haja algum poder de sua parte na definição desse seu mundo familiar, se ele está bem formado, se houve bons resultados ou apenas dores de cabeça.
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O outro mundo que afeta a sua vida é o Estado com as regras ditas comunitárias, da sociedade em que você e seu mundo familiar vivem ou sobrevivem. Iludido sempre, não tem como saber o tamanho do Estado que comanda a sua vida. Ele é gigantesco, avassalador ou pequeno, tudo depende de sua ótica ou suas possibilidades de agir e viver. Mas ele determina sempre o seu viver, como conquistar seu espaço, como pagar tributos, cada vez mais elevados, para obter o direito de ter, de ser ou de viver. O comando do Estado está diluído em agentes e estes formam, cada um deles, um mundo quase à parte mas que tem poder em sua vida.
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Os mundos iniciam ou terminam nos poderes formais do Estado, o Executivo, o Judiciário, o Legislativo e uma série de órgãos criados por eles para executar as suas determinações e exercerem os seus papéis. Todos estes poderes foram estabelecidos como vontade do povo, da sociedade, sob diferentes ângulos, alguns conhecidos como culturais, de crenças, geográficos, físicos, materiais. Cada um desses mundos possui agentes e não se tem noção do tamanho deles, mas estão sempre influindo no seu propalado direito de ir, vir e principalmente pensar. As formas e os meios de chegar a cada um desses poderes são um emaranhado de teias, com tentáculos intermináveis.
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Como consequência de tudo isso, e para que esses poderes sejam exercidos, formaram-se outros mundos que afetam diretamente no nosso direito de viver, ir, vir, conquistar, ter e manter. Os mundos da segurança e da insegurança, do trânsito, dos cartórios, dos partidos políticos, dos bastidores do tráfico, da saúde pública, dos produtores de combustíveis, da polícia militar em suas frentes municipais, estaduais e federais, dos presídios, das ongs, dos movimentos sindicais, trabalhistas, corporativos, das cooperativas, do sistema bancário, dos clubes de futebol e de outros esportes, confederações mil que regem e determinam mais os deveres do que os direitos, todos eles influenciando no que queremos, podemos, temos ou teremos.
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Como ser realizado pessoal, familiar ou comunitariamente com esses mundos influindo na nossa vida? Há que se ter primeiro conhecimento das coisas que nos afetam. Ter noção exata do tamanho do seu próprio mundo, que pode ser restrito, como muitos que conhecemos, de dimensões medianas ou bem maior como seria o ideal. Tudo depende de você, de sua auto-análise e das parcerias estabelecidas para viver e sobreviver. O preço de suas vontades e conquistas tem o tamanho de sua mente. Ou não?
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O que você acha, cara pálida?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

E precisa liberar o humor nas eleições?

É gozado como as obviedades no Brasil são tratadas como coisa séria, que mereça comentários ou análises. Liberar o humor na TV e rádio, que são concessões governamentais, foi mais uma piada da nossa combalida justiça eleitoral. Diante do que vemos e ouvimos, precisaria liberar as chacotas e caricaturas dos candidatos? Vamos por partes registrar mais esta fase humorística do nosso Gigante adormecido.
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Imaginou-se, algum dia, que Osmar Dias e Requião se apresentassem ao povo juntos pedindo votos para suas eleições? Primeira grande piada paranaense. Pois os ditos estão no mesmo palanque, pedindo votos para quem, quem mesmo? Para a candidata do antes desafeto Lulla...
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Vocês já viram quanta gente bonita, photoshopiada, está pedindo votos pela TV e pela rádio? Se algum de vocês encontrar essa gente pessoalmente não vai saber reconhecer se as pessoas são as mesmas. E viva o Photoshop!!!!!
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E as promessas? O candidato Beto Richa reaparece diante do público apenas nas eleições, como o ´grande´ prefeito de Curitiba. A gente só o vê nas vésperas de eleições porque, quando no cargo, deixa de estar presente em eventos para ver corridas de Fórmula 1, 2 e 3, não interessa em que lugar ocorram. Se realmente levar para o interior do Estado o exemplo de obras de Curitiba, o interior estará danado...
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E o sempre candidato ao Senado, Requião?! Só ele fala das grandes obras que seus ´governos´ ofereceram aos paranaenses em quase três gestões. Ninguém elogia qualquer coisa do que ele diz ter feito. Mas, só ele soube do que foi realizado. Nenhum irmão ou mesmo a irmã aparece na telinha falando bem do padrinhão...
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E o Rafael Valdomiro Greca de Macedo? Ele continua candidato, pasmem, a algum cargo eletivo, depois de ter sido o deputado federal mais votado no PR, na história eleitoral paranaense, entrou em desgraça como ministro, tentou se eleger deputado estadual, levou chumbo e se acoplou numa função no governo de Requião e só aparecia ao povo na escolinha requianista com a frase `e viva o nosso Governador!`.
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Quer uma maior piada nestas eleições, sem que a pequena ou grande imprensa registre, do que a candidatura para reeleição do Nelson Justus!? Pois ele não aparece no programa eleitoral e está escondido no curral eleitoral de Guaratuba e adjacências. Ele é candidato a ficar na Assembléia!!!!!!!
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Para não falar de Serra, que às vezes até dá um sorriso, da Dilma que tenta se livrar do ´cumpaniero´ mas não consegue chegar mais perto do povo, ou mesmo Affonso Camargo que não coloca sua foto, apenas a voz, dizendo que foi o pai do vale transporte, como se isso estivesse na rasa lembrança do povo. Querem maior piada quando o expediente do nosso Presidente é viajar todo dia para os locais do comício de sua candidata, desancando os adversários sem cumprir com os deveres do seu cargo, que não poderia ser confundido partidariamente, sob a complacência da nossa justiça que deveria ser cega, mas conive com tudo isso!?
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Precisamos, mesmo, liberar as caricaturas ou gozações da TV, que está comprometida e amena para caramba, repetindo pesquisas e mais pesquisas a favor da candidatura do poder concedente??????

terça-feira, 27 de julho de 2010

Gelo puro ou impuro?!

Nas andanças da vida é comum verificar quão empobrecida está ficando a lingua portuguesa. Problemas educacionais ou falta de motivação de aprender seriam os fatores que predominam para chegar a essas revelações.
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Na frente de uma chácara pela qual passo toda hora, ali no Passaúna, eis que uma placa está afixada na lixeira com a palavra LIXIO. Afinal, como se pronuncia mesmo essa palavrinha? O carinha escreveu como mentalizou, se é que fez esforço para chegar a isso.
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Na minha frente, na estrada, uma camionete estampava as palavras Gelo Puro. Minha primeira pergunta seria: e existe gelo impuro?
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Quando você se dá conta, ali na TV, eis que o locutor policial revela seus cacoetes gramaticais e diz 'não houve nenhuma ocorrência nesta tarde'. Você recebe esse erro e talvez assimile para dar sequência numa hora destas a essa forma de não se comunicar conforme estabelecem as boas regras...
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E a influência da televisão ao desensinar o nosso povo? A pronúncia da letra E como I e a letra O como U confunde muita gente. Tudo bem que minha netinha Stella, com seus seis aninhos, escreve Siencontramos amanhã porque na mente jovem dela o E é pronunciado como I, mas daí adultos, profissionais, apenas porque se encontram no Rio ou em São Paulo, pronunciarem erradamente as letras vai uma distância muito grande. Leite é leitE e não leitchi. Gente é gentE e não gentchi... Minha inútil campanha, claro, mas que poderia melhorar, isso poderia.
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E os nossos locutores televisivos, em Curitiba, notadamente, que insistem em pronunciar PÁrana e não o que é certo, agudo no final, ParanÁ?!!!!!!
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Coisas da vida que nos distanciam das coisas perfeitas ou quase perfeitas...

terça-feira, 20 de julho de 2010

Amigo

Tenho plena convicção de que o Roberto Carlos, quando gravou a canção que fala de um milhão de amigos, não conseguiu e nem consegue avaliar o que ter um milhão de amigos. Não há como ter amigos em tal quantidade, pois amigo mesmo é aquele que você conhece, convive com ele e sabe que ele é realmente seu amigo. Querer ter um milhão de amigos é apenas um desejo e seria ideal que em toda uma vida a pessoa pudesse formar esse batalhão e curtir. Vai além de sua capacidade curtir digamos cinquenta amigos, que dirá um milhão.
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Bom, ilações à parte, acredito piamente que possuo sim muitos amigos, aqueles amigos do peito, como se diz, aqueles camaradas que não interessa o tempo, nem a distância, eles continuam sendo amigos. Quantos e quantos do meu relacionamento que reencontro, dez, vinte ou trinta anos depois e a gente se abraça como se tivéssemos vivido momentos amigos ontem ou anteontem, como se o tempo não tivesse existido. Creio, mesmo, que isso é a condição do amigo, dos verdadeiros amigos.
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Amigo é aquela pessoa que provoca saudades em você, de momentos especiais vividos e curtidos ou por vivenciar. Amigos não têm compromissos outros a não ser permanecer juntos, trocar ideias mesmo que não sejam iguais. Amigos são aqueles que se respeitam.
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Assim, neste Dia Internacional do Amigo, desejo continuar tendo amigos, eles não podem ser maus amigos, amigos são sempre bons amigos. E almejo a todos que busquem ter um milhão de amigos, mesmo que seja uma meta vista como inatingível por mim. Talvez cada um dos meus amigos consiga chegar nisso. Feliz Dia do Amigo!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Raciocínios desbotando...

Tenho ouvido, quando em viagem,o programa ' Voz do Brasil' e confesso que minha curiosidade e meu raciocínio devem estar desbotando. Pode ser que o corporativismo é fruto do jeito do brasileiro de ver e usar as coisas chamadas de públicas. Entendo, e receio não estar errado, que o povo, o público, ao delegar a seus co-irmãos alguma representação nos poderes executivo, legislativo e judiciário (aqui não se delega, ele existe por decisão de tabelas, escolhas indiretas) deveria merecer um tratamento digno dessa ação. Ou seja, quem está exercendo alguma atividade em seu nome teria que respeitar os seus delegadores. Mas a coisa não é bem assim, como podemos raciocinar nas seguintes palavras.
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Posso entender que um deputado federal apresenta um requerimento para registrar os cumprimentos da Casa de Leis pelo aniversário de um pastor de sua clientela eleitoral? Pois isso aconteceu na última segunda-feira! Para isso que o cara foi eleito deputado federal?
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Quase metade dos nossos políticos (´representantes do povo´)está envolvida em processos no Judiciário, em todos os seus níveis. As decisões ocorrem quando um deles, ou vários, incomodam currais de seus adversários que, coincidentemente, estão nos diversos escalões do poder. Quando se observa o seu comportamento sobre o projeto de lei sancionado sobre Ficha Limpa, dá para entender que muitos dos atuais ´representantes´querem que a coisa seja validada para a PRÓXIMA eleição! A honestidade, a probidade, os valores éticos e o comportamento ilibado precisariam ser aplicados por decreto lei? Mas, não temos uma Constituição, onde todos esses quesitos estão a dizer que o cidadão brasileiro deve ser cidadão brasileiro? Ou essas coisas são apenas coisas de papel, para não serem respeitadas? E que papel aceita tudo... Cria-se uma lei em cima da lei maior e, pasmemos juntos, o Judiciário, que não é eleito pelo povo, decide se aplica nesta ou noutra eleição. Indagamos finalmente: não seria melhor acabar com o Legislativo e ficar apenas com o Judicário? Talvez o custo continuasse crescendo, sem clareza pública nos volumes de dinheiro que opera, mas que seria uma economia inicial, isso seria.
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E que dizer de uma Casa de Leis, como a nossa Assembléia Legislativa, no Paraná, em que mais de 40 deputados acobertam os diários secretos de várias gestões e não prestam contas de seus atos à população que os colocou ali?! Deixam que a raposa administre o galinheiro. Não tiram dos cargos os que administram e escondem a sua própria craca.
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Confesso, sim, em plena consciência, que meus raciocínios estão desbotando. Até quando, até quando?

sábado, 29 de maio de 2010

O pessoal nos 'entreteu'.....

Não sei se realmente isso é fruto de uma época em que se queria formados em profissões, pela conhecida Lei educacional 5692, mas é triste e arrepiante quando se ouve pessoas que se dizem formadas até em universidades quando, em alocuções públicas e privadas, falam que 'o pessoal nos entreteu', 'há vinte anos atrás', etc.
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Posso até estar sendo crítico demais, ou mesmo impaciente com resultados do nosso ensino em várias áreas, mas normalmente quem mais erra é aquele que entende de informática, trabalha nela, monta sites e costuma enviar mensagens por sinais ou por símbolos até. Vamos lá que todos estamos com pressa, não temos tempo para essas baboseiras de querer corrigir ou falar corretamente. O que vale mesmo, para nós apressados, é fazer a comunicação, se o cara do outro lado entendeu, beleza, se não entendeu beleza também porque não vai repetir, não vai perder tempo com picuinhas gramaticais.
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De qualquer maneira, se você me entreteu, pode ser que a gente se entretua, entrenós, entrevós e a vida continua. Que maravilha o futuro que nos espera. Vamos nos entreter, pelo menos nesta última frase deste domingo lageano. Haja!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Estamos preparados?

Uma pergunta que nos vem constantemente, nos últimos tempos: estamos preparados para desastres naturais ou provocados por alguém ou por alguma coisa? A primeira resposta, talvez a única insofismável, é... não estamos preparados.
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Vejamos: quando se quer construir legalmente uma residência ou erguer qualquer tipo de obra, vamos à Municipalidade e, ali, um monte de exigências é feita e temos que cumprir. Ou seja: quem está autorizando a construção deve estar preparado para isso. Mas, estará preparado mesmo para isso?
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Você é um pagador de taxas e de impostos mil e sabe que, para ter alguma coisa oficial, deve cumprir com as exigências legais. Mas, e o povão que invade áreas, ergue barracos em qualquer lugar e ainda por cima recebe de imediato água encanada e luz e até iluminação pública? Pagaram alguma taxa para a PM ou para algum órgão público de água e saneamento ou de fornecimento de energia? Ganham até o poste interno e não se duvida se até os fios, tomadas, etc.
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Temos administrações públicas, municipais, estaduais e federais que seguem o que foi projetado e muitas vezes comprometido financeiramente pelas gestões anteriores? Houve em algum momento ação de continuidade? Nada, nada, nada, tudo o que foi da administração passada não presta, deixam de lado e na maioria das vezes abandonam obras, ficam ao relento e são saqueadas por populares. Está na cabeça do povão que tudo que foi abandonado, derrubado, caído pertence ao povo, ele saqueia sem dó nem piedade. Algum de vocês viu o que acontece com uma carga derrubada, caída na estrada? Como formigas, povão aparece e vai levando, tendo no pensamento que o que está na rua abandonado é de todos... Não incursiono, aqui, sobre o verdadeiro significado do ´slogan´ do atual governo federal, Brasil de Todos...
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Alguém se preocupou com a construção de meios-fio nas estradas que não fossem cortantes? Da para ver que o mestre de obras nem estava aí quando obrigou os seus trabalhadores a concretar meios-fio sem abaular a parte superior deles. Se você encostar o seu pneu ali, um desastre, corta o dito e você camela com várias centenas de reais.
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Sou a favor de que as coisas públicas devam ser tratadas por profissionais, lembrando que ser político não é, e nunca foi, função ou categoria profissional de carteira. A CLT ainda não criou essa profissão, embora muitos, milhares, quando entram na política pensam que passaram a ser profissionais do ramo. No mínimo seriam representantes das vontades e necessidades dos eleitores. No mínimo.
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Acho que não estamos preparados para eleger ninguém, pois em quem votamos depositamos esperanças e estas acabam no exato momento em que o fulano, ou a fulana, iniciam suas atividades. Pouquíssimos têm consciência de que são apenas nossos representantes e não representantes de interesses seus e de suas famílias.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Saudades daqueles tempos

Com mais de trinta anos na organização, tive uma provocação recentemente em Lages, durante jantar com colegas ex-governadores sobre motivos porque continuo em Rotary. De pronto, relatei alguma coisa mentalizada nos últimos tempos e acrescento um pouco mais neste artigo:

- Tenho saudade dos tempos em que recebia atenções de companheiros de determinado clube no momento em que adentrava ao recinto. Eram os rotarianos componentes da comissão de recepção e companheirismo. Chegava, era saudado e recebido com palavras amáveis e, depois de fornecer meu nome, levado a um lugar de preferência entre companheiros da minha profissão, ou próximas.

- Tenho saudade dos tempos em que fazíamos visitas domiciliares a companheiros que estavam faltando, pouco participando dos programas do clube ou mesmo desenvolvendo mais uma ação de motivação rotária entre os membros do quadro social.

- Saudades eu tenho daqueles tempos em que os coordenadores de assembléias distritais ou mesmo e principalmente Conferências Distritais emitiam cartas a determinados clubes e pediam que estes escolhessem um companheiro para elaborar e apresentar uma palestra sobre determinados temas antecipadamente determinados.

- Tenho muitas saudades daquelas reuniões que ocorriam no tempo adequado, nem mais e nem menos de 60 minutos, com refeições no meio.

- Diante de tantas preocupações com manutenção e aumento do quadro social, tenho saudades de ações de certos clubes que atualizavam e distribuíam aos seus sócios a lista de classificações, mostrando as vagas que poderiam ser preenchidas a cada mandato de conselhos diretores. Lembranças de esquemas de escolher nomes e convidar para falar no clube sobre suas atividades e, depois de uma análise e eleição, sem avisar antes da campanha admissional, ingressar os profissionais de forma solene e especial.

- Face a tantas colocações dos tempos que não voltam mais, ou que podem apenas ser lembrados pelos mais antigos rotarianos, fiquei imaginando quanta culpa ou quantas ações que vivi e compartilhei estariam sendo esquecidas para impulsionarem a que permaneça na organização.

- Se estamos de forma constante orientando e sugerindo soluções para a vivência e sobrevivência de muitos clubes, com os novos líderes que surgem e que ficam nas reuniões, penso que algumas novidades implantadas por conselhos diretores tiram no momento aquilo que foi bom no passado. Coisas do passado já eram.

- Fico com saudades daqueles maravilhosos líderes que acompanham a minha vida rotária, incentivando, mostrando os caminhos, tolerando meus impulsos, fazendo com que as ações profissionais, dentro e fora do recinto do trabalho, conjugassem a Prova Quádrupla.

- Esqueço as incompreensões, as formas desorientadas com que algum programa ou algum projeto foram apresentados e rechaçados apenas pelo fato de terem sido apresentados por mim ou por algum companheiro cuja liderança estava super motivada.

- Continuo em Rotary porque o caminhar das pessoas privilegiadas como eu serve para me autodeterminar, conhecer o meu interior e meus potenciais em poder atuar sem outro interesse a não ser servir.

- Permaneço em Rotary principal e finalmente porque sei de minhas possibilidades de conviver com o semelhante, abraçar causas que diminuam as diferenças, mostrar que meus exemplos (quero-os sempre positivos) possam servir a quem busca um espaço no mundo cada vez mais distante, cheio de conflitos de interesses nada ou pouco coletivos.

- Continuo firme em Rotary porque posso dar de mim antes de pensar em mim.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Coisas in (uteis)

Pessoas de ambos os sexos (entenda-se, homem e mulher) têm suas preferências nas conversas. Não sei bem o que as mulheres comentam nos seus encontos, banheiros principalmente, mas os homens são vidrados em chaves de carros. Constatei isso num encontro, quando um amigo perguntou o que era mesmo aquele trubisco em forma redonda do meu chaveiro. Mostrei que era um sinalizados, uma minilanterna, necessária para ver o painel ou interior do carro de noite.
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A autoeducação entre motorista e pedestre tem lá os seus estranhos resultados. Você viu o semblante irado de algumas pessoas quando passam pela faixa de pedestres no exato momento que um motorista não diminui ou não pára seu veículo? Aqui em Lages, SC, isso é visto todo dia e toda hora, nos pontos mais usados pelos pedestres. Acho que o pedestre também podia ser autoeducado: esperar que ele e mais pessoas quisessem juntos atravessar a rua seria um modo interessante de convivência pública...
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Receber telefonemas de pessoas menos letradas é uma curiosidade a ser avaliada: você já viu como as palavras 'por favor' estão extintas do vocabulário comum? Poucos pedem gentilmente que se chame uma pessoa...
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Pelos bairros de qualquer cidade é comum você verificar carros ou carrões circulando tendo ao volante jovens com bonés de abas dianteiras longas. Se houvesse um levantamento carro a carro que circulam, certamente se chegaria a dedução de que aqueles jovens são abonados, moram ou circulam por algum forte motivo; seriam traficantes ou controladores da distribuição de drogas?. Para o emergente jovem, traficante ou não, nos bairros, ter um carro e usar bonés parecidos com os dos corredores das Fórmulas 1 ou 2 é um sinal de crescimento, um 'status'. A primeira coisa que a Polícia faz, numa batida contra o tráfico, é revistar os bonezudos. E encontra sempre o que procura.
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Formiga é formiga, é a natureza dela

Já que o Carlos Horylka está se deleitando com imagens do seu elefante, lá nas suas áreas africanas, vou falar sobre as formigas que assolam a grama e as árvores daqui da casa da praia de Pontal do Sul. Vi umas três grandes entradas delas, carregando principalmente folhas de sombreiros, que existem aos montes nas árvores e no chão. Comprei uns dez envelopes de veneno para as carregadeiras e fui colocando no carreiro delas e perto das entradas. Foram tantas as que levaram para baixo que hj de manhã fui ver o que aconteceu e observei que elas carregaram muito pra dentro, pois às voltas das saídas, fora, havia muito veneno espalhado. Ou seja: como elas se aninham no interior da terra, há as encarregadas de tirar terra e pô-la para fora, formando montinhos. Nesses montinhos, estavam espalhadas muitas partículas do veneno. As chefas deviam ter ordenado que limpassem espaço lá embaixo, pois havia muitos grãos verdes, além das saborosas folhinhas, lá nos fundos.

(da série 'Coisas In(uteis) da nossa vida', ou 'Ocupe-se na vida, mesmo envenenando formigas')