Sabem bem o que eu queria para o ano que vem?
- Não ter mais cuecas que apertem;
- Não responder a um passageiro de elevador quando pergunta se
o tempo vai piorar ou melhorar;
- Usar o celular apenas quando ele consegue funcionar;
- Nunca mais ligar para o tele-atendimento de qualquer
operadora;
- Desligar o noticiário quando o ministro Mantega anuncia as
metas financeiras e orçamentárias;
- Não saber de qualquer detalhe de programas como BBB e
Fazenda e muito menos ouvir inteligentes aportes verbais do Bial;
- Assistir a óperas clássicas que provoquem emoções por
dentro e por fora;
- Não receber correspondências toda semana de Seleções
ofertando prêmios milionários;
- Ter extrema paciência para ler contas telefônicas que
oferecem planos, descontos e nunca diminuem o valor final;
- Usar perfume que, mesmo caro, permaneça mais tempo no
corpo;
- Curtir os cantos dos pássaros da minha varanda e janela;
- Ver e curtir meus familiares, neto e netas, esposa, filhas,
filho, genros e nora, não importa onde estejam, sempre com coração aberto e brilho
nos olhos;
- Ver e rever os verdadeiros amigos, que são poucos mas
verdadeiros;
- Tentar outros canais para acompanhar jogos de futebol,
volibol, basquete e automobilismo sem a voz do Galvão;
- Não viver aventuras que exijam guinchos, mecânicos,
seguradoras, clínicas e aquele clima de ter que explicar como foi;
- Servir a quem realmente precisa;
- Aumentar os círculos de amizade que permitam formar uma
tribo do bem querer, do bem fazer e do bem curtir;
- Ingerir alimentos que irriguem o sangue e a mente;
- Manter coerência, justiça e ética em todos os atos, não
importando as pressões materialistas que nos perseguem a toda hora;
- Conhecer as riquezas naturais do Brasil e de outros países;
- Conhecer melhor as pessoas que nos cercam;
- Ter um ano novo com saúde, mente atualizada e criativa sem
ferir sentimentos dos outros e das outras.