quinta-feira, 2 de maio de 2019

INSTIGAÇÕES DE MAIO 2019

Pergunto se dá para explicar algumas coisas curiosas do nosso dia-a-dia, como:

1- A verdadeira razão de azeite ser produzido com recipientes de 0,90 l e não 1 l;
2 - O remédio Janumet, que a maioria dos diabéticos e pré-diabéticos como eu precisa atualmente no mundo, é recomendado por exemplo para ser tomado duas vezes por dia e apenas dá para 28 dias num mês de 30 ou 31 dias. Recebemos receita de duas caixas por mês!;
3 - Fazer eletrocardiograma e descobrimos que esse exame não tem eficiência para problemas cardíacos!;
4 - Moradores de condomínio se ausentando de uma assembléia geral apenas porque não querem decidir sobre problemas ou soluções que serão tomadas em seu nome e responsabilidades morais ou financeiras;
5 - Acreditar que políticos e outras autoridades, eleitos para serem seus representantes legais e democráticos, ou designados por vias diretas e indiretas, estão preocupados com o bem-estar da população;
6 - Ter uma Constituição desde 1988 e mais de 70% de seus artigos não terem sido regulamentados até agora;
7 - Acompanhar a evolução da ciência com a existência de micro-baterias em relógios mundiais e ainda termos que comprar e usar pilhas cada vez mais caras!;
8 - Em países como o nosso, ainda termos câmbios manuais mecânicos em veículos quando o mundo todo usa os automáticos;
9 - Usar combustível etanol ou álcool nos carros quando a produção é nacional e custa 70 centavos a menos do que os combustíveis dependentes da economia internacional;
10 - Balancos das contas de empresas como a binacional Itaipu, ou mesmo a nacional BNDES, nunca conhecidos da população, apenas de gabinetes presidenciais;
11 - Tecnologia de expansão de internet pelas linhas da eletricidade ainda não oferecida a custos menores para todos os brasileiros;
12 - Partidos políticos com ações criminosas e ilegais e a justiça complacente não os fecha;
13 - Ver que presos não estão perdendo seus direitos civis e eleitorais como estabeleceria uma Constituição justa.

Obs. Comprei um teclado novo onde não existem teclas de interrogação e barra. Desculpem. MS

quarta-feira, 1 de maio de 2019

RETORNO ÁS MEMÓRIAS E VIVÊNCIAS

Tentei retomar as memórias ontem, 30 de abril de 2019, remexendo assuntos na década de 2000 e, no final, deletei todo o texto querendo passar para outro arquivo no computador. Se minha atividade fosse de hacker, certamente eu o recuperaria, como não sou, farei algo que sempre abominei, repetir os raciocínios...

E é a pura verdade. Fazer o que foi feito ontem é uma perda de tempo mas pode ser vista como um gesto de paciência. Quantas e quantas vezes fiz determinado texto e tive que revisar. Desde os tempos de menino, quando me preparava para as aulas de português ministradas pelo super competente e exigente Pe. José Damek, no Seminário Menor de Araucária. Buscava fazer uma redação sobre determinado tema usando as palavras mais simples; de posse do dicionário, transformava cada termo simples no significado e aí aumentava meu conhecimento. Claro, as redações eram vivamente elogiadas pelo professor apenas no seu semblante, posto que dificilmente ele dirigia um elogio verbal diante da sala.

Nos tempos de redator da Copel, ali na Dr. Murici em Curitiba, minha maior batalha mental era suportar chefia opressiva que me mandava mudar meus escritos com troca de termos como de outro lado para doutro lado, e assim por diante. Deixava no final da tarde duass ou três redações como press-releases para jornais no dia seguinte e, na manhã, antes de enviar às redações era obrigado a passar a limpo as matérias. Tinha casado recentemente, com necessidade de dinheiro para concluir obras de minha primeira residência própria na Rua Capiberibe, esquina coim Rua Irati, na Vila Izabel, e queria assegurar o emprego. Uma luta que capou muito minha criatividade em textos.

Nos últimos trinta anos, posso dizer que a elaboração de textos até que está de bom calibre gramatical, modestamente falando, só melhorando quando estou com os nervos à flor da pele. Ou seja, aprendi e desaprendi muita coisa, só preciso mesmo cultivar a calma para me sentir melhor.

Como conclusão, vejo que o conteúdo do que escrevi e perdi ontem no blogue está numa caixinha mental ainda.

terça-feira, 30 de abril de 2019

ITAIPU NOS SEUS 35 ANOS

Uma pergunta que os mais novos e até os mais velhos fazem até hoje, se o movimento de 31 de março ou 1 de abril foi golpe militar ou revolução.

No final da década de 1990, eis que alguns egressos do jornal Última Hora se reuniram para confraternizar, a convite do ex-sargento Walmor Weiss, colega de trabalho na equipe comandada por Mauro Ticianelli, aproveitando a vinda de ex-líder estudantil Parimé Brasil, então completando seu mandato como suplente ou senador de um dos Estados do Norte, Acre ou Roraima, não me lembro bem.

No grupo, surgiu a ideia de fazermos um livro em que todos os que trabalharam naquela época dariam o seu depoimento pessoal e ideológico, no qual cada um explanaria, a seu ver, se foi revolução ou golpe. Milton Ivan Heller e eu ficamos de reunir os depoimentos e publicar, talvez com a ajuda do então Governador José Richa, um dos grandes líderes estudantis em tempos de outrora, liberando o parque gráfico da Imprensa Oficial do Estado.

Não deu certo no final das contas porque muitos dos profissionais já tinham falecido e uns poucos como Mussa José Assis, Adherbal Fortes Sá Jr, Geraldo Mazza, Milton, eu, Mauro, etc ainda estavam na ativa. O próprio Milton Ivan fez várias entrevistas, lembro que uma delas foi com o Mussa, que faleceu anos depois. Não chegávamos a um denominador como editar, se deixaríamos livre pensar ou com um certo direcionamento pela esquerda. Ficou no ar a ideia.

Pois a Redentora ou a Ditadura ocorreu,com o nosso pessoal se espalhando por outras redações ou ramos empresariais, como o ativo Walmor Weiss, hoje um dos expressivos empresários do Paraná e Brasil. Eu, Mauro e Sérgio Almeida passamos para os Diários Associados, Celina Luz foi a Paris e a vida continuou.

Já falei que fui funcionário da Copel durante quatro anos, de 1969 a 1973, e, ao sair do Diário do Paraná em fevereiro de 1976, retornei à empresa para trabalhar como relações públicas na superintendência regional de Cascavel, atuando em quase setenta municípios do Oeste e Sudoeste, de Palmas a Guaíra. A promessa era de que havia necessidade de um profissional experiente para atender às necessidades de comunicação e uma delas era que o principal consumidor de energia estava em Foz do Iguaçu, o canteiro de obras da usina em construção, Itaipu Binacional.

Fiz muitas viagens até ali, montamos um trabalho de preservação e promoção de imagem, da nossa empresa perante a comunidade e suas lideranças. Quando o primeiro gerador foi colocado em ação, de um total de doze, mais tarde chegando a vinte, estive na inauguração, em maio de 1984, ainda relações públicas em Cascavel, maravilhado, sim, como a maioria dos brasileiros, com a maior usina hidrelétrica do mundo, no Rio Paraná, fazendo divisa com o Paraguai. Saí de Cascavel, em fins de 1985.

Pegando o gancho acima, e não entrando por ora no mérito de serem tempos de ditadura ou revolução, faria uma colocação aos que tanto condenam o tal do regime que não foi fácil para os mais radicais daquela época e por vezes grassando nos tempos de agora: se o regime da época não fosse firme, seria possível termos hoje, trinta e cinco anos depois, essa monumental geradora de energia, pergunto.

Mais águas sobre isso poderemos acrescentar em próximos aportes.