sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Nunca antes se ouviu e leu tanta asneira!

Temos que começar a dizer isso mesmo: nunca antes, neste país de berço esplêndido e deitado eternamente, se ouviu e se leu tanta asneira. Alguém usou seu tempo entre uma balada e uma curtida de férias para colocar e tirar a tal da Luiza do Canadá. Ela nem foi para lá e muito menos tem alguma qualidade que possa provocar tanto ´frisson´ virtual nos meios de comunicação. A furunfada televisiva sob lençóis alguns dizem ter sido um lance para levantar a audiência quedante do nefasto programa.
Tudo bem, tudo bem, pois nosso país tem uma faixa predominante de incultos e incautos, para não falar de analfabetos funcionais, e se abrem espaços no nosso dia-a-dia para receber esses ruídos mais ensurdecedores que os sons de carros de ´boys´ de fundo dos bairros, ou os latidos dos cães de apartamentos em condomínios ditos aprazíveis e tranquilos em nossa cidade.
Como está sendo difícil vislumbrar uma vida melhor nos meios urbanos ou nos lugares onde a TV aberta chega com suas baboseiras, programas apelativos, notícias nada importantes para acrescentar educacio ou culturalmente!
As redes sociais são interessantes, abrem-se leques de novas amizades ou reencontro de conhecidos e amigos que há muito não tínhamos notícias. As pessoas, diante dos monitores, em suas celas residenciais ou apartamentais, pagando altos tributos e taxas para permanecerem nelas, comunicam-se com o mundo inteiro e se esquecem de curtir ar puro das pradarias, ouvir sons dos pássaros em reservas que ainda existem não muito longe de seus redutos, encontrarem-se com os mais próximos, seus familiares, amigos e amigas e conversarem, olho no olho, sem precisar consumir e pagar por isso.
Quanta asneira poderíamos evitar de ver e ouvir, se deixássemos de acompanhar noticiários que abordam soluções para os endêmicos casos diários de desvio de dinheiro, nepotismos constantes, licitações fraudadas, quebras de valores e da ética, registradas e nunca punidas!
Como seria bom se a gente conseguisse deletar tudo isso, desplugar as ligações incômodas, excluir definitivamente dos nossos arquivos pessoais e mentais essas situações que nos atingem e reduzem perspectivas de uma vida cidadã, a que sempre merecemos e tivemos direito.