sábado, 26 de julho de 2008

Como conquistar/fidelizar leitores/ouvintes

Seria pretencioso demais definir regras sobre o comportamento humano, embora tenhamos milhares de publicações relacionadas e que, na maioria das vezes, atendem às expectativas de estudiosos e curiosos. Mas, qual seria a melhor dica para conquistarmos leitores/ouvintes nos nossos trabalhos de comunicadores?



É comum achar que, na hora de assistir a uma entrevista pela TV ou ouvir perguntas feitas na rádio, aquele entrevistador e/ou aquela entrevistadora são fracos, fazem perguntas muito fracas, muito burras. É nossa tendência errada de analisar pessoas e fatos sem se perguntar os motivos porque aqueles repórteres estão ali, diante da câmera ou diante do microfone.



Na realidade, a audiência é medida pelo nível das curiosidades natuarais do ser humano, no contexto em que ele vive, sente, pensa e espera satisfazer seu interior. Conheci(ço) muitos profissionais que se mantinham(ém) nos empregos apenas pelo fato de que nas entrevistas usa(va)m perguntas que determinada faixa de leitores apreciava, ou seja, os perguntadores se colocavam no lugar dos ouvintes ou expectadores. Perguntas empáticas, então.



No seu dia-a-dia, na condição de ouvinte, leitor ou expectador, você busca ler e ouvir coisas que satisfaçam sua curiosidade. Se você está ligado nos tempos atuais, há uma miscelânia de veículos que podem atendê-lo: TV, jornal, rádio, sites, alto-falantes. Você procura informações, ou mesmo entretenimento, escolhendo um desses veículos dependendo onde esteja, se no carro, em casa, no escritório ou mesmo numa ilha remota. Com os aparelhinhos disponíveis no chamado mundo moderno (palavra pouco usada nos últimos tempos!), você consegue satisfazer sua curiosidade. Na impossibilidade de ter algum desses instrumentos, uma revista ou um livro permitem que você se (in)forme.



Por último, quero dizer que somos mesmo usuários da informação, não importando qual é o nosso nível cultural. Recebemos, ou procuramos receber, coisas que nos satisfaçam no dia-a-dia. Alguns querem ficar no esporte ou na coluna social, outros na economia ou política, boa parte apenas para passar o tempo e viver mentalmente ocupado. O povão gosta de títulos policialescos e de acidentes, ou novelas chorosas e cheias e cenas com transas até em horários nada ideais, o intelectual busca ampliar seus horizontes e conhecimentos, e assim caminha a humanidade no seu interesse de dar continuidade ao que nos rodeia e permite.



Os melhores profissionais, não importa seu nível intelectual, trabalham para as faixas de consumidores, aumentando ou mantendo a clientela. E isso, mesmo, vem ocorrendo sempre.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Ser amigo

Alguém um dia perguntou o que significava a palavra amigo na vivência de um sexagenário. Busca aqui e acolá no tempo vivenciado, eis que surgem algumas definições seguramente experimentadas, curtidas, comemoradas.

Amigo mesmo é aquele sujeito, ou aquela sujeita, que convive com você sem buscar recompensas, ou trocas. Ele ou ela lembram-se de você, das suas coisas e seus familiares, festejam quando você conseguiu um feito que o realizou, alguma coisa que você conquistou e em momento algum dá demonstração de ciumeira, inveja.

Amigo é aquele em que palavras como arrogância, ódio, ironia, mesquinharia, entre outras, inexistem em seu vocabulário e pensamento.

Amigo é aquele mais do que irmão que se doaa, que está sempre pronto para o ajudar, participar com você das suas andanças, mesmo que estas sejam difíceis, íngrimes, suadas.

Amiga mesmo é aquela pessoa que basta um olhar para dizer se você está bem ou não tão bem.

Amigo é aquele ser que convive com você e, quando os olhos se encontram, um mundo melhor começa, ou recomeça, para ambos.

Afinal, alguma coisa preciosa existe nas pessoas que, sem somas ou cifrões, ou mesmo números, grandes ou pequenos, se tornam amigas.

Amigo é aquela pessoa que você deixou para trás, em suas caminhadas, mas quando você as encontra é como se elas estiveram com você ontem, ou anteontem. Parecem que elas nem estiveram longe, no tempo ou na geografia.

Amigo, mesmo, é você com os outros, ou são os outros, com você.

E, se estabelecem um dia, 20 de julho, como o Dia do Amigo, isso é bom e especial, mas os dias dos amigos são todos os dias de sua vida.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Ilações nada gratuitas

Vamos falar a verdade, sobre expansão e desenvolvimento do Rotary, a nossa organização internacional? Temos, infelizmente, diminuído a qualidade dos nossos associados, com alguns ingressos de profissionais que não são tão profissionais como desejaríamos. Motivo disso: somos pressionados pelos líderes maiores a que não percamos sócios e procuremos superar as metas propostas. Alguns dirigentes de clubes, para não ter que se explicar ao governador e ao coordenador de desenvolvimento social, aceitam qualquer proposta, de amigos dos amigos, de vizinhos, de parentes e do próprio cônjuge, sem se preocupar se eles são ou foram líderes de algum negócio ou alguma profissão...

Vamos ser justos para todos os interessados? São muitas as ongs no Brasil, milhares, todas com alguém idealizando atividades e ações pelo bem comum (a maioria tem essas intenções, acredito). Provavelmente são profissionais lideres que conjugam a famosa frase da música de Geraldo Vandré: 'quem sabe faz a hora, não espera acontecer'... Não poderíamos chamar essas pessoas tão interessadas pela coletividade para fazerem parte dos nossos quadros? Claro, teríamos que readequar os nossos programas para efetivar gente que quer fazer a diferença. Seríamos justos com eles, e conosco.

Criaríamos boa vontade e melhores amizades se acertássemos um esquema que propicie um melhor relacionamento entre sócios, visitantes, palestrantes, convidados e familiares. Quantos clubes padecem e não crescem, e pouco realizam, pelo simples fato de que seus dirigentes se esquecem que existem comissões de companheirismo, recepção aos visitantes, mentores? É comum recepcionar levemente um recuperante ou mesmo um visitante e deixá-lo numa mesa, quase que isolado, sem que ninguém converse com ele, que fale sobre o nosso Rotary e os nossos inspiradores programas do servir.

Seriam benéficos para todos os interessados se todos os nossos programas fossem realizáveis a curto e a médio prazos. Se eles representassem o interesse de toda a coletividade, ou mesmo a maioria dos sócios. Quantos clubes nada gastam com programas de visitas a doentes e órfãos, aqueles em que se entoam canções para os debilitados e sem esperanças? Investe-se apenas o tempo de cada um que é valiosíssimo se doado a quem precisa.

Estas ilações estão sendo escritas para quem se interessar em conjugar esforços para realizarmos sonhos na gestão que começa nesta data. Usem e abusem, pois servir nada custa, apenas o nosso rico tempo de seres humanos preocupados com o mundo cada vez mais impessoal que nos cerca.