quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Coisas que a gente gostaria de saber

O ex-radialista e comentarista esportivo Nestor Baptista, que hoje preside o Tribunal de Contas do Paraná, iniciou sua entrevista na CBN com o Tozi na semana passada mais ou menos assim: "parabéns pelo modo como você coloca as colocações aqui na rádio...." Seria falta de hábito de falar na rádio ou apenas um pequeno escapes lingüístico?

Qual seria o critério de escolhas dos(as) apresentadores(as) da RPC? Quem tem voz gutural, mais grossa possível ou com o maior número de cacoetes lingüísticos? Quem ferir mais a língua portuguesa ganha o direito de apresentar os noticiários da mais forte emissora de TV paranaense? Ah, saudades de apresentadores como Tônio Luna!....

Tudo bem que o presidente GG queira tergiversar e pensar que o público é bobo e analfabeto, mas dizer que a diretoria do Coritiba não tem como dar baixa de nomes de sócios mortos, em seus arquivos, apenas porque familiares não deram entrada das certidões de óbitos, é de uma avaliação primária. Será que ele estava dando entrevista sobre isso num bar? Se for, dá para justificar um pouco a falta de sobriedade como dirigente do mais poderoso clube de futebol do Paraná.

Tenho respeito pelo pessoal da Sanepar, mas considerar que cobrar a taxa mínima pelos até 10 m3 de água por mês é vital para sua administração e investimento é primário também. Pago 12 meses de água na casa da praia sem usar 1 mês. Ou seja: pago taxa mínima para que o poder público use meu dinheiro e diz que está beneficiando o povo carente. O Governo usa o chapéu alheio para fazer sua demagogia. Até quando?

quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Quem criou mesmo o Clic Rural?

Na comemoração do título de cidadão emérito de Curitiba ao amigo e companheiro de jornadas Marcus Aurélio de Castro, mês passado, em Curitiba, eis que tivemos o prazer de reencontrar o engenheiro civil Ary Queiroz, um dos mais competentes e arrojados presidentes da Copel, a empresa em que trabalhei durante vinte e dois anos. Marcus Aurélio pertenceu aos quadros da empresa também, tendo sido um dos brilhantes funcionários da área de relações públicas, formando um grande time de profissionais. Foi ele quem me reconvidou para retornar aos quadros da companhia, me oferecendo o cargo de relações públicas da região de Cascavel, bem na época em que o maior consumidor da Copel era o canteiro de obras da então futura Itaipu, em Foz.

Pois bem. O reencontro de copelianos sempre é uma oportunidade especial, principalmente porque todos praticamente abandonam suas esposas e suas companhias nas conversas, pois o assunto versa sobre a Copel e os bons tempos que ali vivenciamos. Ary Queiroz revelou que tinha sido consultado por um editor de um documento, em forma de livro, em que constava que o programa de eletrificação rural, chamado CLIC RURAL, com tecnologia simplificada e custos razoavelmente baixos para os proprietários rurais, tinha sido idéia de um outro engenheiro, de nome Pugnaloni. Ary e nós damos boas risadas, pois o programa do Clic Rural foi idealizado na gestão de Ney Braga, bem num ano eleitoral, tendo o seu candidato de então, Saul Raiz, um secretário estadual bastante prestigiado, submetido ao Banco Mundial o pedido de financiamento, que foi concedido exatamente naquela época. Com José Richa ganhando a eleição de 1982, como opositor, teve a grandeza de estadista e deu continuidade ao projeto, designou Ary Queiroz como presidente da Copel e determinou que 88 mil proprietários rurais tivessem de imediato acesso aos benefícios da energia rural.

Desencadeou-se na Copel, na verdade, verdadeira guerra interna, porquanto alguns técnicos - xiitas no uso de técnicas extremamente onerosas - colocavam dificuldades para o desencadeamento do programa Clic Rural. Havia recursos disponíveis financiados pelo Banco Mundial, as compras de materiais necessários demoravam para ocorrer, não estavam alocados veículos para os trabalhos na área. Levou-se mais de um ano para que fosse realmente iniciado o trabalho.

Bom informar que nos dois anos que precederam o governo José Richa, cada uma das superintendências regionais tiveram o trabalho de consulta em todas as áreas rurais sobre interesse de agricultores e produtores rurais em participar do programa Clic Rural. Nós, por exemplo, em Cascavel, usamos todo o tipo de lideranças, não interessava a que partido pertenciam, para fazer os levantamentos de proprietários rurais, pedindo inclusive que fizessem de próprio punho um mapa apontando todas as propriedades auscultadas. Foi impressionante a ajuda que tivemos dos vereadores principalmente, dos partidos contrários inclusive ao Governo de então. Tínhamos uma cota de 16 mil pedidos e estávamos com mais de trinta mil cadastros. Para se falar de quem iniciou realmente o programa Clic Rural, posso até direcionar para registro oficial, foram as lideranças locais; elas acreditaram no projeto e fizeram a coisa acontecer.

Num dia de janeiro de 1983, o então superintendente da Copel em Cascavel, engenheiro Maurício Massaud, um dos ícones da empresa na época, adentrou na minha sala de trabalho como relações públicas, sentou na poltrona de visitantes que estava postada diante de minha mesa e perguntou, como sempre fazia aos seus assessores, como iríamos desencadear, na área regional de Cascavel (67 municípios do Oeste e Sudoeste), o programa. Estava preocupado porque em poucos dias haveria uma reunião de treinamento na regional e a superintendência estava sem alocação de pessoal, veículos e dependências, por dificuldades internas superiores. Havia na diretoria e nalgumas superintendências, de materiais principalmente, algumas gestões burocratizantes.

Como estava envolvido no processo de arregimentação de cadastros, pois usei recursos de patrocínios de avisos de desligamentos em rádios e jornais para anunciar o cadastramento de interessados no programa, respondi que o esquema era atender à política da diretoria da Copel e da orientação e da proposta de trabalho do Governo José Richa. Sugeri que a superintendência montasse logo a equipe de trabalho, deslocando alguns veículos de agências e escritórios de distribuição e funcionários que quisessem mudar de setor, já que o universo funcional estava com perfeito acompanhamento pela área de recursos humanos da regional. Quando ele perguntou sobre dificuldades em contar com material suficiente para os pedidos da regional, lembro que lhe informei que achava difícil o presidente Ary Queiroz colocar empecilhos em determinar o atendimento às nossas necessidades.

E o que aconteceu depois disso? O prazo dos contratos iniciais de atendimento aos pedidos assinados era de 60 dias. A equipe formada percorreu os primeiros trechos, reuniu os interessados e pediu que assinassem os contratos. Depois disso, aconteceu que a pressão para as ligações chegou ao conhecimento da diretoria e do Governo, tendo Ary Queiroz comandado com mão firme e visão público-empresarial o atendimento a todas as necessidades. O material destinado a outras regionais, que demoraram um pouco para acompanhar o exemplo de Cascavel no programa, foi deslocado para atender primeiro a quem tinha prazo para entregar as obras. E as entregas de obras foram feitas, com algum atraso, mas que não denegriu a imagem tanto da Copel quanto do Governo do Estado.

Na sequëncia apareceu um grupo de políticos, tendo até um secretário de estado do Governo Richa envolvido no esquema, que achavam que o custo da eletrificação era alto, que estávamos usando postes de concreto que eram mais caros que os postes tratados de eucalipto, muito em uso na área rural do Rio Grande do Sul. Descobriu-se mais tarde que o interesse era mesmo trazer empresas gaúchas de forneciam os postes de madeira e havia indícios de vínculos pessoais no esquema. Claro que a Copel não negava ser um pouco mais caro ligar uma propriedade com postes de concreto; no frigir dos ovos, na verdade, pagar um pouco mais evitava que dez ou quinze anos depois o proprietário, ou a empresa concessionária, tivesse que trocar o poste, com o custo absorvido pelo erário público.

Quem foi ou quem foram os padrinhos do Clic Rural? Posso dizer que foi a Copel como gestora, planejadora e executora do programa, graças a um presidente chamado Ary Queiroz e a um Governo do Estado tendo como Governador um dos últimos estadistas que o Paraná já teve, José Richa. O resto de histórias ou estórias, como a que comentamos no evento, é puro ilusionismo e enganação. A história é uma só, pode ser contada sob diversos ângulos. Um deles, modestamente falando, foi vivido pela gente. E isso nos serve muito para continuar a ver as potencialidades do Paraná como imensas. Basta acreditar sem desvirtuar as coisas...

Formemos 50 mil ONGs

E se cada um dos cinqüenta mil rotarianos brasileiros existentes atualmente formasse uma ONG individual, ou com mais duas ou três pessoas de suas famílias, juntando essa entidade não-governamental com a maior ONG mundial, o Rotary, quantas pessoas e comunidades poderiam ser beneficiadas? Milhares de comunidades seriam aquinhoadas com projetos educacionais, de lazer ou assistenciais, melhorando tudo que estivesse ao seu redor.

Como existem hoje mais de 300 mil ONGs no país, sete mil apenas no Paraná, imaginemos quanto sofrimento e quantas necessidades poderiam ser amenizadas por esses milhares voluntários integrados nos clubes pelo seu exemplo pessoal, profissional e de negócios. Pelo que se sabe, mais de 20 bilhões de reais foram destinadas pelo Governo Federal às ONGs apenas em 12 meses, sem que a maioria delas tenha prestado contas ou dado alguma satisfação da verba recebida a fundo perdido. Ou seja, mais de 54% dessas ONGs nem prestaram contas e nem se fizeram presentes em qualquer projeto que se conheça neste abençoado mas sofrido país.

Claro que estamos fazendo adivinhações e dando tratos à nossa inteligência e ao nosso raciocínio de como melhorar o mundo que nos rodeia.

Se realmente isso ocorresse, cada um dos 50 mil rotarianos brasileiros criasse uma ONG acoplada ao CNPJ de seus clubes, imaginemos quantas pessoas seriam alfabetizadas, quantas atividades aprenderiam para o trabalho manual ou maquinal, quantas crianças carentes estariam assistidas com receitas adequadas relacionadas aos alimentos, às vitaminas e quantos pontos de tratamento ideal de água e de saneamento existiriam!? Com uma grande vantagem: cada clube tem personalidade jurídica, tem moral e tem credibilidade para executar tarefas confiáveis junto às comunidades que servem.

Com a bagagem adquirida nas suas atividades, nos seus negócios e usando conhecimento de como liderar pessoas e comunidades, creio firmemente que nossa organização estaria dando exemplo perfeito de como melhorar o mundo, dando de si antes de pensar em si e cumprindo com o atual lema do Rotary International, “Rotary Compartilha”.

Quem estiver a favor para esta ação que me ajude, enviando sua opinião ou o dia em que deseja dar os primeiros passos.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Esta terra tem dono!

Posso até estar equivocado em algumas avaliações sobre o meio ambiente e sua necessária defesa, mas têm carradas de razões o prefeito de Lages, Renato Oliveira, e outras expressivas lideranças regionais quando dizem que esta terra tem dono ao verificarem que muitos decretos e normas emanadas de Brasília estabelecem `modus vivendi´ aos moradores de diversificadas áreas brasileiras sem consultas prévias.
Teorizam seguramente sobre necessidades de defesas ambientais, no uso e sustentação de regiões, imaginam um Brasil dos sonhos sem realizarem consultas estabelecidas pela legislação ambiental que os próprios decretadores do Distrito Federal deveriam obedecer.
Que país é este onde os habitantes apenas têm deveres e responsabilidades e poucos direitos? Direitos de sobreviver, de viver e de produzir de modo sustentável?
Se as autoridades políticas, técnicas e de fiscalização legal se preocupassem com o saneamento básico, com o ar que se respira e com os sistemas tributários mais justos e melhor distribuídos para a população que sustenta o Estado como um todo, certamente teríamos um Brasil melhor, onde haveria um povo contente com as suas coisas e com a sua vida.
Por não termos seriedade no trato com as coisas públicas, ficamos assistindo de forma passiva o surgir de leis que não são debatidas devidamente com os próprios interessados, os mantenedores dos Poderes nacionais, a população.
O sistema bancário é blindado, ninguém mexe nele, tem lucros exorbitantes à custa do bolso da população, bancos privados e estatais se orgulham em terem ´superavit´ astronômico a cada ano.
O sistema de saúde passou para os Municípios e estes não recebem as verbas constitucionais e se fica querendo aumentar a contribuição de todo jeito (vide a Provisória/permanente CPMF!). Para melhorar a saúde do povo, não seria melhor encanar e enviar os remédios preventivos através da água tratada?
O Brasil dos sonhos poderia existir se as leis se direcionassem efetivamente, sem desvios e corrupções, para o bem da população. O Brasil dos sonhos poderia existir se houvesse uma revolução federalista, onde Estados se administrassem com os seus municípios, deixando para o poder central apenas as coisas centrais, nacionais, como segurança, diplomacia.
Do jeito como está, o Brasil é de um dono só, um poder plenipotenciário oculto no qual crescem os gastos em cima de uma produção cada vez menor, fruto de série de leis e decretos que se aplicam aos habitantes apenas como deveres e responsabilidades, e pouquíssimos direitos.
Quero estar errado nessas colocações.

Semana Mundial do Melhor Amigo

Claro que homenagear, conhecer e descobrir os melhores amigos levaria um tempão, o ano inteiro talvez. Nesta semana, um companheiro meu de Rotary, Milton Dri, de Porto Alegre, um grande governador de Rotary International na gestão maravilhosa do Construa o Futuro com Ação e Visão, 1996-97, enviou-me um email que passo a seguir e verifiquei, no reenvio, que tenho verdadeiros e grandes amigos. Vejam então:

My friend, Do you know the relation between your two eyes? They blink together, they move together, they cry together, they see things together and they sleep together. Even though they never see each other...Friendship should be just like that!!! Life is like hell without FRIENDS. It's 'WORLD'S BEST FRIEND WEEK'. Who is your best friend? Send this to all your good friends. Even me, if I am one of them. See how many you get back. If you get more then 3, then you are a really lovable person.

TRADUÇÃO: Você conhece o relacionamento entre seus dois olhos? Eles piscam juntos, eles se movem juntos, eles choram juntos, eles vêem coisas juntos e eles dormem juntos. Embora eles nunca vejam um ao outro... A amizade deveria ser exatamente assim! A vida é como o inferno, sem amigos. Estamos na SEMANA MUNDIAL DO MELHOR AMIGO. Quem é seu melhor amigo? Envie isto para todos os seus melhores amigos. Mesmo para mim, se eu for um deles. Veja quantas você consegue de volta. Se você conseguir mais de 3, então você é realmente uma pessoa cativante. Um Grande Abraço a todos!!!!!!!!

O retorno foi emocionante...

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Somos reféns da nossa omissão

Vejam se estas colocações têm justificativas razoáveis:

SOMOS reféns das ações dos governantes que elegemos. Depositamos nossas esperanças nas propostas dos candidatos e, quando no exercício da nossa representação, eles se comportam exatamente ao contrário.

SOMOS reféns da insegurança que grassa ao nosso redor. Nas esquinas, nas casas, nas ruas e estradas, temos que redobrar as atenções para não sermos assaltados. Pagamos seguros altos para termos uma segurança pessoal e patrimonial. E nem isso adianta, os ladrões e até presos soltos para tarefas noturnas fazem a sua ´coleta´. E não adianta reclamar. Um dia roubaram-me do pátio de minha casa em Pontal um motor de popa, registrei o roubo na delegacia e o registro desapareceu uma semana depois dos arquivos. Soube que o motor estava na casa de um policial na Ilha do Mel. A quem recorrer? Em dezembro de 2005 me assaltaram a casa em Pontal e me roubaram meu notebook. Registrei na delegacia, os agentes sabiam quem roubou e nunca mais vi o equipamento, nem o registro. Reclamei para o diretor da polícia civil da época e ele me disse que era difícil achar, ainda mais com os roubos e contrabandos em Paranaguá e região...

SOMOS reféns da incompetência pública no trato das coisas como asfaltamento, sinalização e iluminação pública. Você que mora em Curitiba deve estar triste com o tratamento que a Prefeitura do prefeito Fórmula 1 trata das entradas ou saídas da cidade: você fica surpreso quando sai de Curitiba e passa pelas cidades adjacentes, com suas rodovias sinalizadas, iluminadas e seguras. A Avenida das Araucárias é uma delas. Sai de buracos para entrar numa via perfeita para o contribuinte...

SOMOS reféns dos serviços telefônicos, energia e água e esgoto e coleta de lixo. Quando você quer reclamar de alguma coisa com a telefonia, por qualquer assunto, o tratamento é frio, distante e você não pode falar com o supervisor, gerente, da empresa. No caso de luz e força, até que os atendentes são eficientes, quando se consegue falar com eles nos dias de qualquer chuvinha; nos dias de tormenta, fique frio, vai levar um tempão tanto para ser atendido pelo telefone de emergência quanto para retornar a luz em sua casa ou escritório; para a área rural, bom, aí você tem que passar primeiro por uma clínica de recuperação, pois chega a demorar mais de um dia para que volte a sua energia, tanto na sua casa como a sua própria. A concessionária do fornecimento de água e tratamento de esgotos proibia que usuários instalassem registros especiais em suas casas e prédios para separar o ar dos canos de água: agora, ela mesma instala o equipamento. Ou seja, você não pode, a companhia pode. E a coleta de lixo se tornou um filão para brigas entre os abutres contemporâneos da politicagem nativa. Você, cidadão contribuinte e vivente e sobrevivente, tem que tomar engov para deglutir tudo isso...

SOMOS reféns dos serviços bancários, ao ponto de qualquer dia você ter que pagar ingresso para passar pelas portas eletrônicas que irritam. Oferecem serviços de 24 a 30 horas, fazendo propaganda enganosa por todos os meios, mas você somente pode usar pessoalmente os caixas físicos durante seis horas; os caixas eletrônicos, os postos, apenas dezesseis das enganosas 24 ou 30 horas. E os serviços online, embora haja 24 horas no dia, exigem uma série de senhas e mais dígitos da dita segurança insegura que você ensaca a viola da paciência no baú de seus tesouros mentais perdidos...

SOMOS reféns confessos da nossa confiança na eficácia e eficiência das leis e das normas que deveriam defender os direitos e as responsabilidades do cidadão, que constituiu o Estado como um poder aglutinante das vontades gerais e da vida em comum. Na previdência social, você investiu para sua segurança e ela inexiste; o Estado rouba e faz dos nossos recursos um caixa de rapinagem constante pelos ladrões eventuais que se perpetuam no executivo, com anuência de grande parte do judiciário. O Estado gasta tudo para manter um quadro de servidores que apenas se serve, pouco produz em benefício da nação. Quem produz é chamado de bandido explorador do povo, pois ele nem tem direito a ganhar o mínimo para sua manutenção e seu próprio crescimento. Quem ousa produzir é condenado, é empresário explorador. Ninguém quer ser mais empresário, quer ser membro de diretórios dos partidos políticos, principalmente do partido de quem está no poder...

SOMOS reféns, sim, de tudo o que acontece ao nosso redor. Impessoalidade nos relacionamentos, discriminação de como você se veste ou se comporta, ser honesto nas coisas e nos tratos das coisas é visto com sinal de burrice, senilidade.

QUEM não se sentir refém nesta terra que me atire as próximas palavras. Será meu consolo neste choro interior.

Noite do Halloween

Estas beldades são Sophia e Paula e estavam assim vestidas para a Noite do Halloween em Pendleton, Oregon, USA, onde residem.

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Stellinha com Papai Noel

Ser avô é um privilégio, mas avô coruja é conseqüência maravilhosa. Eis a netinha Stella no dia 9 deste mês visitando o Papai Noel. Sua expressão é auto-explicativa. Uma graça.

Me aguardem, me aguardem!

Eis um futuro galã brasi-americano, Oliver Thomas. Sua pose para esta foto parece dizer ´estou chegando, pessoal, estou chegando`...

Sangue e suor por um grande Coritiba

Todos sabem que torço pelo Coritiba, desde menino, chegando a pegar trem para Ponta Grossa e torcer pelo time numa decisão com o Operário Ferroviário. Sempre fui e continuindo indo a jogos da equipe e acompanho por todos os meios a sua trajetória. O jogo de sábado passado do meu time contra o Avaí, no Ressacada, foi de uma sonolência que deu dó para quem foi ao jogo e quem ligou a TV ou a rádio. Os atletas não podiam reclamar de falta de torcida, estavam lá mais de três mil, segundo soube. Continuavam tartarugando no campo, perdendo bolas de forma bisonha e se batendo na defesa. Parecia que estava tudo acertado para que o Avaí melhorasse na tabela de classificação, fugindo do rebaixamento. Não acredito que atletas de um time como o Coritiba estivessem entregando o jogo... Mas quem viu ficou desconfiado.

Cheguei a ser conselheiro do Coritiba, nos tempos do Evangelino Costa Neves, levado pelo também conselheiro e entusiasta Denisio Belotti. Éramos 300 os conselheiros e cada um contribuía mensalmente com um valor, acho que eram 200 cruzeiros novos (nem me lembro da moeda de então), que, somado, dava para cobrir TODA a folha de pagamento dos jogadores. Éramos idealistas da época? Nem tanto. Confiávamos na diretoria que elegemos e sabíamos que o chinês e Miguel Checchia, principalmente, comandavam o time para representar as cores coritibanas, ganhando títulos com raça e muito empenho. Quem vestia a camisa coxa era porque merecia vestí-la.

Passada a nostalgia, quero revelar alguns sentimentos coritibanos neste texto. Não posso admitir que clubes como o Coritiba sejam usados para dar lucros pessoais a dirigentes. Se é para ter lucro, deve ser para o Coritiba e nunca para as pessoas. Se querem abrir uma empresa, dentro da legislação brasileira, que o façam abrindo o capital para os associados, para quem quer apostar na qualidade e na raça dos funcionários que são contratados para defender as suas cores. Sei que existe uma empresa chamada Coritiba S/A. Alguém sabe a quem pertence, quem são os seus sócios e administradores? Pouca gente sabe.

Já estivemos na segunda divisão, já sofremos muito para voltar à divisão principal. Mas nos últimos dois anos observamos tanto amadorismo no trato das coisas e dos negócios do time que a gente chega a desesperar. Não falta investimento e confiança dos torcedores quando o time é administrado com mais profissionalismo, sem as interferências danosas de alguns dirigentes na escalação da equipe, na contratação de valores ou mesmo no respeito aos seus técnicos quando se encontram trabalhando por vitórias. O estágio atual é de alívio, sim, mas é um sentimento de consolo apenas. Nunca o time do Coritiba ficou tão abalado moral e esportivamente. Ganhamos o retorno à Série A porque na média estamos um pouquinho melhor do que os demais. Ou seja, voltamos graças à média baixa dos demais times em termos de futebol, organização e técnica.

Por fim, tenho esperanças de que o Coritiba volte ao seu lugar de destaque no futebol brasileiro. Com um estádio melhorado, onde haja conforto aos torcedores que aumentam muito a cada ano. Com uma infra-estrutura adequada, com sistema de som melhor, mais moderno. Com banheiros em que o acesso não nos envergonhe. Com lanchonetes que tenham realmente mercadorias suficientes, não apenas cerveja, para que a gente desfrute e não se irrite. Que tenhamos eleições democráticas, envolvendo vinte, trinta mil sócios, e não apenas os poucos gatos pingados que formam hoje o seu quadro social. Que os estatutos sejam atualizados e postos em vigor para que a gente comemore vitórias em todos os campos, não apenas na formação e manutenção capengada de uma equipe de jogadores. A grandeza de um clube como o Coritiba somente poderia ser curtida e festejada se ele voltasse a ser um grande clube de esportes (não apenas de futebol), de promoções sociais e com patrimônio para deleite dos seus patrocinadores, os sócios e torcedores.

sábado, 10 de novembro de 2007

Ah, se abrissem as caixas-pretas!...

Imaginemos que nosso país fosse perfeito, ou quase isso, em termos de responsabilidade pública praticada e cumprida principalmente por aqueles que recebem atribuições representativas a cada período eleitoral. Com total ou quase total transparência, houvesse uma lei que obrigasse a todos, no final de suas gestões, abrirem seus documentos, seus procedimentos, suas caixas-pretas. E que todos, do mais analfabeto ao mais culto, tivessem acesso e entendimento ao que estava sendo revelado. Se isso existisse, vocês acham que alguns assuntos/fatos ficariam arquivados, prescritos, escondidos do conhecimento público? Alguns deles:

- Lei da responsabilidade fiscal. Eis uma lei que foi firmada e distribuída para ´boi dormir`, ou seja, todos vibraram com a sua assinatura e vigência mas pouquíssimos a obedecem. Ou melhor, foi feita para não ser cumprida. Vemos vários governadores, vários prefeitos, ´negociando´ com o Congresso para que seja amenizada, esquecida, desculpada pelo não cumprimento pela maioria dos políticos que respondem por executivos neste Brasil imenso de ilegalidades e esquecimentos.

- Orçamentos públicos. Se realmente os tribunais fiscalizassem e condenassem os erros dos orçamentos, quanta gente não se emendaria e cumpriria as leis à risca! Mas, não, faz-se de conta que existe orçamento, as chamadas emendas remendam os orçamentos mais que colchões de pobres e coitados que não puderam ser cadastrados no MST... E ninguém é punido por isso...

- Propostas eleitorais. Imaginem quantas bobagens nos anunciaram durante as campanhas eleitorais, todas nos engabelando, puxando nossa esperança e nossa credibilidade. Somemos tudo isso e, agora, que estão no poder, vamos a eles e tentemos conferir o que nos prometeram com o que nos apresentaram, ou apresentam, no exercício do poder. Aquilo que nos prometeram pode ser colocado como temas para um livro dos sonhos que, seguramente, não serão atingidos. E nós acreditamos naquilo e neles... E se existisse uma lei que os obrigasse a cumprir o que prometeram nas campanhas? Teríamos no poder estes políticos? Claro que não.

- ONG´s (Organizações Mão-Governamentais). Vocês acham que haveria lugar nas prisões para todos aqueles que se envolveram com verbas ilegais e escondidas distribuídas às ONG´s, em sua maior parte criadas por uma ou duas pessoas exatamente para nos engabelar? Pois é. A coisa ficaria bem interessante se houvesse uma lei que obrigasse os governantes a divulgar mensalmente todos os valores entregues às citadas ONG´s, com respectiva prestação de contas. O mau cheiro que sentimos hoje seria bem menor, sem dúvida.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

O pensador de Simon Bolívar foi um brasileiro

Caro Surek. Para baixar, um pouco, o topete de Hugo Chavez é bom lembrar em seu blog que o grande Simon Bolívar era um grande guerreiro, desassistido, entretanto, de maiores talentos intelectuais. Sua "eminência parda" foi um brasileiro, autor de seus discursos e que dele acabou recebendo o título de General. Após sua morte, foi enterrado em Portugal e, após o fim da monarquia, seus restos mortais foram transferidos para o Brasil - Rio de Janeiro - cuja sepultura, todos os anos é visitada por nações sul-americanas, com destaque os venezuelanos, que vêm homenageá-lo, depositando coroas de flores e relembrando seus feitos em favor da libertação da América. Pena que poucos brasileiros saibam disto.

Abaixo, alguns dados deste herói brasileiro que, sugiro, seja publicado em seu blog. Por dever de justiça, quem me levou a esta pesquisa foi nosso comum amigo Emanuel Padilha.

José Inácio de Abreu e Lima (Recife, 6 de abril de 1794Recife, 8 de março de 1869) foi um político, jornalista e escritor. Mesmo sendo brasileiro de nascimento, participou com destaque das guerras de independência da América espanhola. Devido a isso, é conhecido com maior notoriedade como General Abreu e Lima por ter sido um dos generais de Simon Bolívar, um dos principais líderes pela libertação da América espanhola.

Abreu e Lima saiu do Brasil em 1818, após a execução de seu pai o Padre Roma (ex-sacerdote que abandonou a batina para casar-se) em 1817, devido ao envolvimento deste na Revolução Pernambucana. Naqueles tempos, as Ordenações do Reino não limitavam suas punições aos réus de crime de lesa-majestade, mas impunham-nas até a segunda geração. Sendo um jovem militar em início de carreira, a execução do pai nessas condições sepultava-lhe a carreira militar no Brasil.

Incorporou-se ao exército de Bolívar, com a patente de capitão, e participou das batalhas decisivas da luta de libertação da Venezuela e Colômbia. Abreu e Lima é considerado um dos heróis da independência da Venezuela e tem maior reconhecimento nesse país do que no Brasil.
Com a morte de Bolívar, e o não reconhecimento de sua patente pelo governo do General Santander , que o sucedeu, abandonou a Colômbia. Esteve nos Estados Unidos, na Europa e, em seguida, retornou ao Brasil, fixando residência no Rio de Janeiro .

Abreu e Lima é uma figura histórica complexa; mesmo tendo participado ativamente do movimento comandado por Bolívar (de inspiração republicana), ao voltar para o Brasil foi um firme defensor da monarquia brasileira.

Em 1844, retornou a Pernambuco. Foi preso sob a acusação de envolvimento na Revolta Praieira (1848). Em relação a este episódio existem divergências quanto a sua situação.

Algumas fontes afirmam que ele efetivamente não participou dessa revolta, sendo nela envolvido devido à participação de seus irmãos, razão por que foi depois inocentado dessa acusação. Outras fontes afirmam que ele esteve efetivamente envolvido e que foi posteriormente anistiado pelo governo imperial.
Abraços,
Pina Ribeiro

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Mau Humor

Mau Humor (Lula Vieira publicitário)

Não me lembro direito, mas li, numa revista, um artigo levantando a hipótese de que todo o cara que tem mania de fazer aspas com os dedinhos quando faz uma ironia, é um chato.

Num outro artigo alguém escreveu que achava que jamais tinha conhecido um restaurante de boa comida com garçons vestidos de coletinho vermelho.

Joaquim Ferreira dos Santos, em "O Globo" de domingo, fala do seu profundo preconceito com quem usa a expressão "agregar valor".

Eu posso jurar que toda mulher que anda permanentemente com uma garrafinha de água e fica mamando de segundo em segundo é uma chata. São preconceitos, eu sei. Mas cada vez mais a vida está confirmando estas conclusões.

Um outro amigo meu jura que um dos maiores indícios de babaquice é usar o paletó nos ombros, sem os braços nas mangas. Por incrível que pareça, não consegui desmentir. Pode ser coincidência, mas até agora todo cara que eu me lembro de ter visto usando o paletó colocado sobre os ombros é muito babaca.

Já que estamos nessa onda, me responda uma coisa: você conhece algum natureba radical que tenha conversa agradável?

O sujeito ou sujeita que adora uma granola, só come coisas orgânicas, faz cara de nojo à simples menção da palavra "carne", fica falando o tempo todo em vida saudável é seu ideal como companhia numa madrugada? Sei lá, não sei. Não consigo me lembrar de ninguém assim que tenha me despertado muita paixão.

Eu ando detestando certos vícios de linguagem, do tipo "chegar junto", "superar limites", essas bobagens que lembram papo de concorrente a big brother.

Mais uma vez, repito: acho puro preconceito, idiossincrasia, mas essa rotulagem imediata é uma mania que a gente vai adquirindo pela vida e que pode explicar algumas antipatias gratuitas. Tem gente que a gente não gosta logo de saída, sem saber direito por quê. Vai ver que transmite algum sintoma de chatice.

Tom de voz de operador de telemarketing lendo o script na tela do computador e repetindo a cada cinco palavras a expressão "senhooorr", me irrita profundamente.

Se algum dia eu matar alguém, existe imensa possibilidade de ser um flanelinha. Não posso ver um deles que o sangue sobe à cabeça. Deus que me perdoe, me livre e me guarde, mas tenho raiva menor do assaltante do que do cara que fica na frente do meu carro, fazendo gestos desesperados tentando me ajudar em alguma manobra, como se tivesse comprado a rua e tivesse todo o direito de me cobrar pela vaga. Sei que estou ficando velho e ranzinza, mas o que se há de fazer?

Não suporto especialista em motivação de pessoal que obrigue as pessoas a pagarem o mico de ficar segurando na mão do vizinho, com os olhos fechados e tentando receber "energia positiva". Aliás, tenho convicção de que empresa que paga bons salários e tem uma boa e honesta política de pessoal não precisa contratar palestras de motivação para seus empregados. Eles se motivam com a grana no fim do mês e com a satisfação de trabalhar numa boa empresa. Que me perdoem todos os palestrantes que estão ficando ricos percorrendo o país, mas eu acho que esse negócio de trocar fluidos me lembra putaria.

E, para terminar: existe qualquer esperança de encontrar vida inteligente numa criatura que se despede mandando "um beijo no coração"? "TÁ LIGADO?"

Conhecem ´bagres ensaboados´?

Explico àqueles que ainda não viram o que é um bagre, peixe que vive tanto no mar quanto nos rios e lagoas: ele tem dois espinhos, um de cada lado, para se defender quando você quer pegá-lo nas mãos. O restante do seu corpo é liso ao extremo, daí o uso do termo `bagre ensaboado´, é como se tivesse sabão, tão liso que é.

Pois muitas pessoas do nosso conhecimento são chamadas de `bagres ensaboados`, principalmente quando um radialista ou jornalista as entrevistam e querem conhecer a sua opinião ou a sua posição sobre determinados assuntos, mais quando os assuntos exigem um posicionamento ou uma decisão.

Ouvi hoje pela CBN, de tarde, a entrevista dada pelo deputado Nelson Justus, atual presidente da nossa fervilhante (borbulhante seria designação melhor) Assembléia Legislativa do Paraná. O Marcos Tozzi queria saber do político o porquê da Casa não divulgar mensalmente a aplicação das verbas indenizatórias que cada um dos `nobres deputados` percebe. Ou seja, se a verba é indenizatória, está no termo, ´indeniza´o erário público com algumas despesas. Se a verba é pública, deve ser transparente, o povo deve e ou pode saber do seu destino, de sua aplicação. Pois o presidente da Assembléia enrolou, fugiu da resposta por várias vezes. Só chegou a dizer que sim, ela deve ser transparente, depois de série de incursões verbais do radialista. Aí, pensei, achei mais um `bagre ensaboado`...

É comum você querer acompanhar determinados assuntos, notadamente aqueles que falam de desvios, corrupções, etc, e na maior parte das vezes se consegue ouvir respostas ou colocações nada definidas, nada esclarecedoras, e quem é entrevistado sobre o tema dá uma de ´bagre ensaboado´. Vocês se lembram de como foi o noticiário nacional e internacional sobre os desvios do finado Banestado, quando todos os políticos influentes do país, paranaenses em maior parte, usaram e abusaram do envio de dinheiro para contas no exterior? Desafio quem me diga que a coisa ficou explicada e resolvida com algum retorno dos desvios para o sofrido erário público. Prenderam peixes pequenos e engavetaram o assunto, com CPI e tudo. Imaginem quantos `bagres ensaboados` encontraríamos nesse processo.

Quando você ouvir alguma coisa nesse sentido, com novos ou antigos `bagres ensaboados` no nosso dia-a-dia, me avise, ok? Vamos tentar nos divertir, mesmo que entristecidos.

Memória é mesmo curta

Vejam se não tenho razão em dizer que a memória é curta, quando se acompanha o noticiário oficial e oficioso:

Pouco se fala sobre nomes de algumas figuras desta República que se escondem sob os mantos de representações parlamentares para não serem presos por crimes de contrabando, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha, etc. Quem se lembra de Ibraim Abi-Akel, o ministro pego em flagrante com contrabando de diamantes num aeroporto? Pois ele se esconde até hoje, mesmo que o crime tenha prescrito pelas leis desta República dominada pelo presidencialismo imperial, na Câmara de Deputados, chegando a ser até relator de importantes projetos!

E onde estaria aquela impoluta figura chamada Jader Barbalho que comandou um dos maiores desvios de dinheiro da SUDENE e de outros setores oficiais da União? Está quietinho, bem quietinho, votando com o governo de olhos fechados, na Câmara Federal. E ninguém bole com ele, pois se abrir o bico vai espalhar cheiro em toda a República das bananas e dos subservientes.

Vocês se lembram em quem votaram nas duas últimas eleições? Duvido que se lembrem dos nomes urnados para as Câmaras, o Senado, os municípios.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Então, tá (II)

Fundo perdido
Você é impelido a dar a sua contribuição para ajudar o Brasil na crise de combustível, várias décadas atrás, que se chamava empréstimo compulsório. Passada a crise, a União, em alguns Estados, devolveu o tutu emprestado, mas a Justiça foi apagando, na certa conivendo com os administradores federais de plantão, a compulsória ajuda. E todos esqueceram o assunto. Então, tá.

CPMF para o cáos da saúde
Você se sensibiliza diante da falta de dinheiro para atender às necessidades da saúde no Brasil e vai aceitando a existência da Contribuição PROVISÓRIA de Movimentação Financeira. A cada governo, continua 'provisória permanente'. O PT do Lula, Zé Dirceu, Genoino e dos 40 novos milionários do país criticava sua existência antes de assumir e passou a adorar o tutu quando no governo, querendo repeteco do dito por mais tempo. Ao ponto de negociar com qualquer um pela sua continuidade e um ministro paranaense, Paulo Bernardo, conivente com o descalabro nada provisório, achando que a CPMF deve ser permanente. Haja engov. Então, tá.

Engabelando no gás que não temos
A privatizada Petrobras - que não é brasileira, diante da maioria de suas ações rentáveis nas mãos do capital estrangeiro - tinha gás demais e, em nome do Governo de então, incentivou a todos os proprietários de veículos para que o usassem, chegando a oferecer IPVA menor, mesmo que nos esquemas paralelos haja cobranças de agentes aferidores de cilindros, selos, etc. Pois bem: deu de presente usinas da Petrobras ao 'cumpaniero Morales' na Bolívia, passivamente recuou em qualquer reclamação e agora vai de rabo entre-pernas pedir ao dirigente boliviano um volume maior de gás. O povo é o último a ser atendido em suas necessidades, pois primeiro virá mais gás para gerar energia, atender indústrias e o que sobrar fica com os motoristas que foram de novo ludibriados pelo seu desgoverno, através de um plano comercial e ilusório da privatizada Petrobrás (O petróleo NÃO é mais nosso!!!). Então, tá.

Pelo meu humor de hoje, parece que tive que pagar muitas contas dos impostos que crescem a cada dia na minha vida... Então, tá.

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

E não é que o `visage´ deu as caras!

No noticiário mais policial do que jurídico, eis que apareceu semana passada a denúncia de irregularidades registradas com loteamento irregular no Município de Guaratuba chamado Jardim Village. Veio-me na lembrança um fato em que foi quase envolvido nisso.

Estava sendo transferido para Curitiba, no meu trabalho, e possuía um título patrimonial do Cascavel Country Club para vender ou entregar para quem estivesse interessado. O Irino, colega de trabalho, queria comprar o título e me ofereceu, em troca, um lote no Jardim Village de Guaratuba. Nem pensei em valores, como estava me mudando para a Capital, transferi o título para o nome do colega engenheiro e aceitei a troca/venda; fiquei com um documento, passado em cartório, em que dava orientações sobre o lote.

De posse do documento, antes de transferir para meu nome, fui localizar o dito em Guaratuba. Depois de procurar por ruas e ruelas em direção ao chamado loteamento, já que ficava perto de um aeroporto velho conforme me informavam os moradores dali, encontrei o lote. Mas, até chegar ali eram vários os transeuntes que não sabiam onde ficava o Village. Um deles, perguntado perto de sua casa, lembrou-se e exclamou que o que ele conhecia era um loteamento chamado Visage, ou seja, uma ilusão de ótica, todos achavam que ali perto do velho aeroporto havia um loteamento mas que os terrenos não estavam ocupados e que ninguém conseguia chegar nos lotes que considerava sendo seus.

E cheguei até um barranco de um rio. Por um mapa manuscrito, encontrei o dito: estava dentro do mangue, na água. Dei meia volta e esqueci com o tempo que eu teria algum direito, se fizesse a transferência, no lote manguesado... Vejo agora que aquela área é local de preservação ambiental.

Deixei o assunto em stand bye, ou seja, no arquivo morto e somente agora soube que aquilo tinha sido aprovado pela Prefeitura, que fez mapeamento e deve ter cobrado IPTU durante estes quarenta anos. O cartório fez escrituras de compra e venda e deu ares oficiais ao loteamento. Para tomar posse oficial, faltou o registro de imóveis, que constatou a irregularidade.

Que pena, pois tantas pessoas foram ludibriadas, aplicaram suas economias na compra de lotes frios e parece que isso fica por isso mesmo...

Reféns e agruras na própria arapuca

Quando se pensa um pouco - nos dias atuais parece que até isso vai ser taxado com imposto - a gente começa a pontuar alguns tópicos da nossa atribulada, incompreensível na maioria das vezes, vida urbana.

Você resolveu morar na cidade, de preferência perto do centro ou mesmo próximo a um ponto de ônibus. Conseguiu uma morada, podendo ser casa, apartamento, apart-hotel ou pensionato. Se é de sua propriedade, beleza, você é um vencedor. Começa aí a sua luta: pagar IPTU, taxas de iluminação pública e de coleta de lixo, energia elétrica, água, esgoto, jardineiro se tem jardim em casa, condomínio se tem apartamento, telefone, TV a cabo, internet banda larga. Não para aí a coisa.

Para ir e vir, você deve ter contribuído para a calçada que foi implantada em frente de sua morada, individual ou coletivamente. O padrão da calçada, embora você tenha pago, é definido pela Municipalidade, na passividade evidente sua, pois o material ali aplicado foi escolhido pelo Município e este quis que fosse com pedras que normalmente são tropicantes, ou seja, você, ao andar por ela, só tropeça e se acidenta.

Se você tem casa, ela seguramente não é segura, precisa erguer altos muros e contratar vigilância, entregar chaves de sua morada para que uma empresa ou um grupo de vigilantes zele por ela. Se tem apartamento, você deve ficar atento quando o condomínio contrata firma com seus itinerantes porteiros, zeladores. Vez por outro, o seu próprio apartamento é invadido por meliantes que perneiam no seu bairro ou na sua quadra.

Na sua morada, você certamente não se preocupou com a fiação de energia elétrica, normalmente foi usado o material mais em conta, ou seja, insuficiente para mover os dezenas e cada vez mais crescentes aparelhos adquiridos pela sua também crescente necessidade de viver com mais conforto na cidade. TVs, fax, computadores, banda larga, tevê a cabo, relógios, geladeira(s), fogão elétrico com acendedores idem, forno elétrico, máquinas de lavar roupa e louças, secadora, fones sem fio, carregadores de pilhas. Resultado: as chaves caem por vezes e a conta é cada vez maior para o seu sofrido bolso... E quando falta energia, como aconteceu semana atrás com as tormentas e chuvas de pedra na cidade de Curitiba? Cáos no seu dia-a-dia. Imaginem o transtorno vivido pela população quando 49 bairros ficaram sem energia num cair da tarde e início da noite!...

Se você tem alguma propriedade, ou mora, na área rural, a coisa então é mais caótica ainda. Em Araucária, por exemplo, você chega a ficar um ou dois dias sem energia elétrica, pela falta de um programa de melhoria da concessionária. Grudado na área urbana de Araucária, por exemplo, os moradores de Roça Velha, Roça Nova, Santo Estanislau, Colônia Cristina e mais dezena de localidades rurais, ficaram em dois dias mais de 10 horas em luz. Quando você ligava para o atendimento, a resposta sempre era que houve muitos acidentes e que eles estavam se comunicando com o serviço de emergência para resolver o problema. Ou seja: quem depende da energia na área rural está ralado, fadado a se sentir ilhado. E dá-lhe queimar velas e mais velas ou querosene (ainda há, e muito, por ali!) de suas lanternas...

Poderia continuar com rosário de situações vividas por quem escolheu viver os benefícios da área urbana ou o que se imaginasse em ter conforto na tranqüilidade da vida no meio rural. Somos mesmo reféns da nossa própria expectativa de uma vida mais confortável. Delegamos a servidores públicos e privados, pagando altos valores por isso, tarefas de nos oferecer mais conforto e mais qualidade de vida e eles estão cada vez mais distantes dos nossos sonhos pessoais.

Confesso que, nestes raciocínios gratuitos de uma segunda-feira amena, vislumbro dias cada vez mais complicados. Oxalá o meu otimismo por um mundo melhor não seja atropelado pela falta de responsabilidade de quem nos administra, pois continuamos passivos nos reclamos e nas cobranças que cada cidadão deveria fazer.