terça-feira, 28 de agosto de 2007

Pinheiro Araucária: plante, não lamente!

É comum a gente ouvir, ou ler, que os pinheiros Araucária estão acabando em nosso país, principalmente no Sul, com informações de que em breve ele estará apenas nas lembranças dos mais velhos. Esse tipo de informe, inclusive que os órgãos ambientais proibem o seu corte e dão uma certa idéia ou sugestão de que plantar pinheiros não seria conveniente, grassa pela mídia ou pelo sistema boca-a-boca. Estaria eu por acaso errado nessa postura?

Tempos atrás, no meu clube de Rotary, o RC Curitiba, durante as comemorações dos 101 anos, resolvemos encetar uma campanha de plantio dessa árvore-símbolo do Paraná. Como tinha feito mudas em minha chácara, acho que perto de duas mil unidades, coloquei à disposição de quem quisesse uma quantidade razoável para aquisição, com renda destinada a obras assistenciais desenvolvidas pelo meu clube. Mais de mil mudas foram adquiridas e plantadas.

Sobraram, depois de série de doações a muita gente, umas 400 unidades, que forneci ao setor ecológico da empresa de saneamento e águas do Paraná, a Sanepar. Claro que desejava que elas fossem plantadas ao redor do lago Passaúna, onde se localiza a minha pequena chácara, mas recebi a informação de que ali não poderiam ser usadas devido a uma análise da Emater, sobre a sua incompatuibilidade de solo. Fiquei um tanto surpreso, pois nasci ali e ao redor de todas as áreas, antes de ser alagado o rio Passaúna para servir de abastecimento a Curitiba e área sul, havia e há milhares de pinheiros Araucária produzindo e embelezando a localidade toda. Enfim, doei à Sanepar e ela deve ter plantada as quase 400 mudas de que dispunha.

O companheiro Rubens Habitzreuter trouxe-me este ano uns cinquenta quilos de pinhões, de Santa Catarina, aqueles pinhões tardios e lá estou, de novo, semeando pinheiros Araucária. Não desisto por uma única razão: é a nossa árvore-símbolo, cresce lindamente e não espanta pássaro algum, ou esquilos, ao contrário dos eucaliptos e dos nefastos (mas economicamente rentáveis) pinus, nos quais pouquíssimas aves pousam. Então, ousei criar uma campanha em meu meio comunitário: não lamente, plante. Preparei vários saquinhos com pinhões quase brotando e os distribuí a amigos, para que eles fizessem o mesmo que eu, ao invés de lamentar o fim ou o desaparecimento das Araucárias, que eles ou seus amigos e conhecidos plantem.

Então, meu convite a todos é esse: não lamente, plante. Com isso, faremos a diferença e resgataremos a imagem do nosso símbolo. Quem quiser ajudar nisso, nessa campanha, que me contate.

sábado, 18 de agosto de 2007

A Stellinha vivaz

Coisas familiares permitem que a gente viva emoções quase indescritíveis. Assim está sendo a constante descoberta das habilidades da minha neta Stella, nos seus alegres três anos. Cheia de vida e super repleta de descobertas. Talvez seja esta a idade melhor, embora isso possa parecer difícil de avaliar.

Pois dificilmente você a encontra sem sorrir, sem querer brincar, e com raras vezes amuada. Tem no seu pai uma predileção de dar inveja a qualquer pai. Pela mãe, carinhos mil. Pelas tias, avós e bisas também. A gente tem se emocionado e se divertido com ela. Na festa que a sua escola, o Santo Anjo da especial Tia Ciona (ou Siona), dias atrás, houve cantorias e danças em homenagem aos pais, com momentos especialíssimos para os familiares. Eram mães, pais, avôs e avós quase chorando de tantas luzes nos semblantes das crianças. Foram, mesmo, dádivas divinas as que se impregnaram nas pessoas de famílias que ali estiveram.

Temos que continuar registrando estes momentos, nos nossos momentos disponíveis. Prometo fazer isso mais vezes, inclusive tentando mostrar o quão especiais são as nossas netas, Stella, Paula e Sophia, e mais agora o garotão Oliver.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

De volta ao Brasil

Que diferença e que saudade, na verdade, voltar ao ninho, depois de passar mais de cem dias fora do seu dia-a-dia, com Sol, ventanias, verdes totais em volta, flores, amigos e conhecidos. Claro que estive com eles, muitas vezes, mas de forma virtual. O olho-no-olho continua sendo momento especial a cada encontro.

Todos vocês sabem, pelas minhas anteriores descrições, que a minha viagem para ficar um tempo fora com familiares que víamos esporadicamente de forma física foi extraordinária em termos paternais. Vivendo e convivendo com Clarissa, Sam, as meninas Sophia Cristina e Paula Beatrice, e mais com a chegada do primeiro neto homem Oliver Thomas, pude dar uma continuidade nos laços indissolúveis familiares, trocando experiências, conhecendo novas pessoas e novos lugares e ao mesmo tempo, como disse, dando um maravilhoso tempo na vida. Tem preço isso tudo? Evidente que não.

De volta, eis que reencontro com alegria a netinha Stella, já nos seus três anos completos, cheios de vida e de descobertas, falando com um papagaio; a nora preferida (pois é a única que tenho) Déborah Regina depois de mais de oito meses longe, já que está com Cassiano na Inglaterra; a sogra Lódia com sua vontade férrea de viver o mais longe possível, mesmo com suas dores e suas dificuldades de idade; a filha Alessandra e o genro Carlos Augusto, ambos cada vez mais revitalizados nas atividades profissionais, ela no HSBC e ele na empresa da Audi; e, claro, a esposa Cristina Luiza, que esteve conosco durante um mês nos USA e que, no seu retorno, ficou retida em Atlanta por questões de overbooking durante um dia. Com Cristina a gente conseguiu curtir bons momentos junto a Clarissa, genro e netos, ela sempre atribulada com sua função de coordenadora de pesquisa e extensão na Faculdade Curitiba, que agora virou um Centro Universitário.

Com os problemas de aeroportos e de aviões, claro que estávamos preocupados com nosso retorno. Eu, já em Seatle, Washington, fiquei mais de duas horas esperando sair para Los Angeles, tendo que trocar de aeronave da Alaska Airlines. Vejam que ali, qualquer probleminha eventualmente detectado, logo trocam de aeronave e evitam correr riscos. Responsabilidade total. Corri um pouco com as malas repletas de coisas e, em Los Angeles, eis que um funcionário da Lan Peru me propõe ficar mais um dia, abrir meu lugar porque - sussurou-me - a empresa estava com overbooking também. Não aceitei e embarquei para o Brasil, já saindo de LA com atraso de mais de uma hora. Em Lima, nova correria para embarcar em outra aeronave. Mas deu certo. Cheguei em Guarulhos e nunca tido visto tanta gente se batendo pelos saguões e corredores. Pronto, pensei, cheguei ao meu costumeiro rincão, cheio de problemas. Estava no Brasil...

No desembarque, esqueci de trazer o papel para o Ministério da Agricultura e fui levado à revista na alfândega. Não me lembrava o que Cristina colocou nas malonas, sabendo apenas que numa delas estava uma batedeira especial, que pesava mais de 11 kg, encomendada pela Alessandra, da cor verde coritibana. Ao passar pelo detector, uma das funcionárias já falou que ela não acreditava que estava trazendo uma batedeira, depois de uma viagem pelo exterior. Disse que se seu marido viajasse e trouxesse uma batedeira, ela bateria nele. De modo descontraído, ela não quis que eu abrisse para lhe mostrar, mas queria dar uma olhada no laptop que viu na minha mala de mão. Era um novo que Clarissa me comprou, mas estava empoeirado. Um outro funcionário deu uma rápida olhada e constatou que era um laptop usado. Deixou passar, sem problemas. Ou seja: a batedeira me salvou de pagar um adicional sobre 260 dólares além da cota pessoal permitida. Numa boa, lá fui eu feliz para minha terra, pela TAM, em Guarulhos, que foi super atenciosa e permitiu que eu trouxesse as malas com mais de 60 kg.

Já Cristina, que deveria estar comigo no Afonso Pena no início de terça-feira, dia 31, teve que pernoitar em Atlanta com série de problemas no seu vaucher da Delta, que não era aceito pelos hotéis e restaurantes da cidade. A Delta parece que está caindo das pernas por ali. Voltou no dia seguinte com malas todas, sendo despachada sem dificuldades e sem verificações. É que uma verdadeira multidão de brasileiros estava voltando de Miami e, claro, repleta de potenciais compras a serem tarifadas pela alfândega...

Nos primeiros dias, dirigir nas ruas de Curitiba foi uma lentidão total para mim. Um cuidado redobrado principalmente pelos motoqueiros que tiram finas da minha camionete. Suei frio várias vezes, até me acostumar com o tresloucado trânsito em Curitiba cada vez mais ocupada por gente e por veículos. Dirigi muito em Pendleton e em outras cidades norte-americanas, com a diferença do respeito pelas regras de trânsito. Até me acostumar com os apressadinhos que furam sinaleiros sem olhar para os perigos, realmente levei mais de dez dias. Estou assustado ainda, mas levando a vida, como sempre.

Saí de um calor de mais de 40 graus e cheguei aqui num frio danado. Viajei estes dias com o Rubens Habitzreuter e com o José Anchieta, de Florianópolis até Lages e Bom Jesus, em SC e RS respectivamente, chegando a pegar na estrada mais de 2 graus negativos. O corpo teve que ser readaptado com alguns quentões, vinhos e algumas sopas.

O retorno foi bom, mesmo, embora a experiência lá fora tenha sido bastante proveitosa. Os próximos programas, se Deus quiser, já estão sendo vistos pela Cristina com Cassiano e Déborah e a assim caminha a vida, desde que com saúde, o corpo correspondendo e a mente sempre aberta para o bom viver.

terça-feira, 14 de agosto de 2007

Como passar 100 dias fora de casa (II)

Verdade que lembranças vão se esvaindo caso você não as registre. E é o que poderia acontecer se os leitores amigos não acompanhassem o escrito aqui e familiares não me cobrassem continuidade da descrição. Claro que o que escrevo neste blog interessa mais a pessoas amigas e conhecidas com quem temos maravilhosos relacionamentos. Os que não conseguimos lembrar e nos acompanham nisso tudo a gente espera que compreendam esse egoismo do coração e dos sentimentos. Não queremos nos mostrar e sim dar algumas pinceladas, pelo verbo e pelo substantivo, da vivência em outras plagas, graças à saúde, ao amor à família e aos amigos que amealhamos, graças a Deus, nestes anos de convívio.

Pois a permanência nos Estados Unidos, durante mais de cem dias, na casa de minha filha Clarissa, do genro Sam e dos netos Sophia, Paula e Oliver, na cidade tranqüila de Pendleton, Oregon, serviu para provavelmente tentar afinar laços de família, mais do que tudo. Os tempos corridos da nossa profissão, de Cristina e mais de minha parte, em busca de espaço, de sobrevivência e de realização comum através de um casamento de laços respeitosos e de amor familiar. muitas vezes impediram que pudéssemos acompanhar a trajetória dos filhos em seu crescimento e desenvolvimento. O resultado disso tudo, atribulado, sim, em muitos sentidos, posso avaliar que foi proveitoso, embora deixasse alguns sinais, algumas marcas nas pessoas envolvidas. Então, sem me lembrar certo do que escrevi no artigo inicial, vou tentar continuar falando dessa experiência que poderia ser vista como fuga responsável, descanso, férias, aberturas da mente e mesmo resgate de valores e de laços.

Tive oportunidades em duas vezes de rever uma pessoa especial, a Dawn Davis, uma ex-intercambista de Rotary que conhecemos desde Cascavel e de Curitiba. Ela, que estava hospedada pelos companheiros do Rotary Club de São Miguel do Iguaçu, ficou conosco muitas vezes, criando fortes laços com meus filhos Clarissa, Alessandra e Cassiano. Tornou-se uma irmã deles e uma filha nossa. Sim, temos filhos adotivos pelo coração, como ela, Jaye e mais um quarteto querido que se encontram nos Estados Unidos e na Polônia. Pois a Dawn abriu sua lindíssima casa que possui na cidade de Camas, Washington, perto da cidade de Portland, primeiro para Clarissa, Sam, Phia e Paula, eu e Cassiano, na volta do Cassiano para Curitiba vindo de York, Inglaterra, nas suas férias. Hospedou-nos com fidalguia e amabilidades, junto com seu marido Tim, batemos longos e animados papos e colocamos os assuntos em dia. Na segunda vez, eles nos hospedaram, quando eu, Cristina, Phia e Paula a visitamos, num final de semana de julho. Houve teatro, recital de piano e outras atividades, além de um especial copmpanheirismo, com Dawn dando show de sapateado e as meninas tocaram algumas músicas ao piano. Matamos verdadeiramente a saudade e constatamos que amigos existem e que não há fronteiras e nem distâncias, para cultivar a fraternidade.

A família de Clarissa e Sam Clark tem um costume que poderia ser visto como estranho: não assiste programas de TV, apenas curtem filmes, ouvem rádio eventualmente mas acompanham a vida local, regional e internacional pela Internet. Definição de pessoas com mestrados e doutorados. Há uma explicação nisso tudo: o tempo que se passa diante da tela, vendo programas repetitivos e pouco educativos, pode ser usado para outras atividades, como leitura, exercícios, aulas de natação, escotismo, brincadeiras em parques e jardins. No começo, você estranha muito, parece que alguma coisa está faltando, mas com o passar dos dias a gente vai se acostumando. Na verdade, as notícias que prendem mais atenção nas TVs, e isso todos vocês podem comprovar e testemunhar, são de desastres, acidentes, mortes, guerras, temas policialescos, atos de corrupção e de enganações. Enfim, eu que sou comunicador, se tivesse que editar algum jornal nos Estados Unidos, numa cidade como Pendleton, direcionaria a pauta de assuntos mais para o lado pessoal, conhecimento geral sobre amor, relacionamentos entre vizinhos, revelação de talentos e possibilidades de estabelecer, na comunidade, coisas positivas pelo bom viver. E os jornais dali, na verdade, não dão notícias policiais, apenas casos de fugas de presos, queimadas pela região diante dos longos tempos secos. Curiosidades de conteúdo do jornal local, o East Oregonian, que é entregue diariamente em 62 casas pela minha Neta Sophia nas redondezas de sua casa, quase no centro da cidade: registram as mortes ocorridas, os falecimentos das pessoas da região, ocupando muito espaço nas edições diárias, dando um resumo do que foi e do que fez o falecido. Nascimentos não têm destaque algum. Curioso, sim.

Sobre esse costume de não ligar TV é bom que se diga que é bastante interessante e até posso dizer, salutar. O que vi eu, nesse tempo todo? Filmes em DVDs, mais de 100, emprestados gratuitamente pela Biblioteca super montada na cidade, fitas alugadas e, pelo meu novo laptop, acompanhei todos os acontecimentos do Brasil pela BanNews. Emissoras de rádio de Curitiba, como a CBN, a Rádio Club, eram ligadas pelo computador para acompanhar os jogos, muitas vezes desastrados, do meu time, o Coritiba. Ah, sim, e sessões de cinemas, quando do lançamento do Ocean, Harry Potter e outros bons filmes, a terceira edição do Piratas do Caribe, o Shrek 3.

No lançamento mundial do filme de Harry Potter, a coisa pegou feio, principalmente para Cristina e Sophia, que ficaram desde as 3 horas da tarde para a abertura da venda dos ingressos, às 23,30 horas. Levaram cadeiras, biscoitos, bebidas e lá ficaram, num sol abrasador, junto com outros jovens, algums que vieram de longe às 6 da manhã do dia, acampando no estacionamento vizinho ao cinema. Vez por outra eu ia até lá para levar lanches e bebidas geladas e eu mesmo me acoplei à fila ali pelas 22 horas. Na hora do início da venda dos ingressos, eis que metade da fila fez o que fazem nos campos de futebol no Brasil, ou seja, furou a fila e embolou na nossa frente. Foi uma confusão danada, não resolvido pelos gerentes de plantão do cinema. Polícia, nem foi lá, de nada adiantaram os nosso reclamos pela falta de educação dos invasores de fila. Mas, como estávamos bem na frente, uns dez clientes adiante de nós, conseguimos, assim mesmo, bom lugar na platéia. Era curioso ver tantos jovens, grande parte trajada como o Harry Potter, curtindo o filme. E nós ali, Cristina e eu, de cabelos brancos (eu, claro), junto àquela juventude toda. Foi muito divertido. Vovô e vovó com a neta Sophia vendo Harry Potter à meia noite, no cinema. Com direito a refrigerante e pipoca, sim, com muita manteiga.

Já disse que fui jardineiro durante 100 dias, tentando florir e esverdear o jardim da aprazível casa da minha filha. Primeiro, limpei tudo, tirei as coisas nocivas e que só tomavam espaço e fertilidade da terra aguada duas vezes por dia. Semeei um monte de flores, algumas nascendo e a maioria revirada pelos pássaros, gatos e esquilos, morrendo. Compramos muitas flores e muitas folhagens. No final, pedindo desculpas pela meta não atingida totalmente, acho que o jardim ficou bonito, pois recebi hoje a informação de que estavam comendo os tomates que plantamos nos canteiros. Acho que as abóboras e as melancias serão comidas, pois as deixei bem bonitas. Genro Sam instalou alguns bicos de irrigação e a Sophia ficou encarregada de olhar diariamente o ´nosso´ jardim. Na despedida, tirei algumas fotos, para me lembrar dessa experiência de jardineiro, sem a ajuda que tenho aqui na minha chácara do Adão e do agora caseiro Divaldo.

Trabalhei com a Clarissa em transcrições de entrevistas por várias vezes, como já faço aqui no Brasil, virtualmente. Foi uma ótima experiência trabalhar ´in loco´, embora o mundo virtual não tenha fronteiras, distâncias. Usamos novos fones de ouvido, implantamos bons softwares de MP3 e curtimos momentos legais, no trabalho, sempre naquela agonia de enviar a tempo e na qualidade costumeira.

Em termos de presença e participação rotárias, estive várias vezes no clube local, tendo feito minhas recuperações. Vocês sabem que todo o rotariano, uma vez aceito em Rotary International, tem algumas obrigações: primeiro, ele foi aceito no clube pela liderança em sua profissão; nessas condições, viram nele aptidões de incentivar ações e atividades que busquem a melhoria de sua comunidade e a paz e a compreensão mundiais. Uma das obrigações é estar numa reunião de 1 hora por semana num clube. Ou, se não puder, pode recuperar onde estgeja num clube semelhante. Isso eu fiz. Outra obrigação é elevar o padrão ético em sua atividade profissional, na família e no meio em que vive. Isso eu acho que consegui manter durante os 100 dias que estive fora, visitando o clube e mantendo contatos com membros do clube ou participantes de programas rotários. Um deles, o John, membro da associação de natação da cidade e amigo de Clarissa e Sam, esteve recentemente na Austrália, como membro do IGE. Descreveu, em alguns encontros que tivemos, a sua maravilhosa experiência.

Quando Cristina chegou a Pendleton, conseguimos fazer alguns programas bonitos com as netas, a filha e o genro. Claro que ela fez os bolos de cenoura que a Paula adora, e que chega a comer metade deles numa sentada só, os saborosos pierogis, algumas tortas, sopas. De minha parte, apenas fiz uma vez os meus bolinhos de batatas, que foram curtidos sim, mas como são de certa forma gordurosos, não puder repetir a dose. Gostaram muito dos espetinhos que fiz algumas vezes, depois do primeiro susto que tive quando comprei pimentões no mercado! Cada um, e eu comprei uns 6 ou 8, custava mais de 1 dólar! Fiquei maluco pelo altíssimo custo deles. Nas outras vezes, comprava um ou dois e fazia render nos palitinhos... O Clarissa, que alegava não saber cozinhar em algum tempo, hoje se esmera maravilhosamente nos seus macarrões, nas suas densas e saborosas sopas; já o Sam, que gosta de cozinhar, comprou uma churrasqueira nova, a gás, e quase toda semana tínhamos churrascos, hamburgueres de salmão, de carne, etc. E sempre nos maravilhava com pratos gostosos, além das matinais panquetas. E a gente costumava curtir donnuts comprados num fabricante chinês, quase toda a semana.

Bom, as lembranças ainda estão vivas e iremos em próximos artigos revelar a vocês, sempre pedindo perdão pelo tempo tomado nessas mal traçadas linhas, ou medianamente bem traçadas linhas. Até.