quinta-feira, 3 de julho de 2008

Ilações nada gratuitas

Vamos falar a verdade, sobre expansão e desenvolvimento do Rotary, a nossa organização internacional? Temos, infelizmente, diminuído a qualidade dos nossos associados, com alguns ingressos de profissionais que não são tão profissionais como desejaríamos. Motivo disso: somos pressionados pelos líderes maiores a que não percamos sócios e procuremos superar as metas propostas. Alguns dirigentes de clubes, para não ter que se explicar ao governador e ao coordenador de desenvolvimento social, aceitam qualquer proposta, de amigos dos amigos, de vizinhos, de parentes e do próprio cônjuge, sem se preocupar se eles são ou foram líderes de algum negócio ou alguma profissão...

Vamos ser justos para todos os interessados? São muitas as ongs no Brasil, milhares, todas com alguém idealizando atividades e ações pelo bem comum (a maioria tem essas intenções, acredito). Provavelmente são profissionais lideres que conjugam a famosa frase da música de Geraldo Vandré: 'quem sabe faz a hora, não espera acontecer'... Não poderíamos chamar essas pessoas tão interessadas pela coletividade para fazerem parte dos nossos quadros? Claro, teríamos que readequar os nossos programas para efetivar gente que quer fazer a diferença. Seríamos justos com eles, e conosco.

Criaríamos boa vontade e melhores amizades se acertássemos um esquema que propicie um melhor relacionamento entre sócios, visitantes, palestrantes, convidados e familiares. Quantos clubes padecem e não crescem, e pouco realizam, pelo simples fato de que seus dirigentes se esquecem que existem comissões de companheirismo, recepção aos visitantes, mentores? É comum recepcionar levemente um recuperante ou mesmo um visitante e deixá-lo numa mesa, quase que isolado, sem que ninguém converse com ele, que fale sobre o nosso Rotary e os nossos inspiradores programas do servir.

Seriam benéficos para todos os interessados se todos os nossos programas fossem realizáveis a curto e a médio prazos. Se eles representassem o interesse de toda a coletividade, ou mesmo a maioria dos sócios. Quantos clubes nada gastam com programas de visitas a doentes e órfãos, aqueles em que se entoam canções para os debilitados e sem esperanças? Investe-se apenas o tempo de cada um que é valiosíssimo se doado a quem precisa.

Estas ilações estão sendo escritas para quem se interessar em conjugar esforços para realizarmos sonhos na gestão que começa nesta data. Usem e abusem, pois servir nada custa, apenas o nosso rico tempo de seres humanos preocupados com o mundo cada vez mais impessoal que nos cerca.

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