quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Os mundos que nos afetam e rodeiam

Tenho consciência de presumir que existem vários mundos ao nosso redor, que nos incomodam, nos impulsionam, nos movem para vivermos. Os mundos que determinam o nosso jeito de viver estão por aí, quase imperceptíveis mas que nos fazem trabalhar, curtir os benefícios da chamada modernidade, não interessa se temos cinco, vinte ou oitenta anos. Tudo é visto como moderno, da moda, atual ou normal. Mas, cara pálida, você tem realmente noção em que mundo está vivendo? Onde você está situado?
- - - -
Pois o seu primeiro mundo está apenas em você, como seu dia-a-dia estabelecido não se sabe quando, porque e como. Mas o seu mundo inicial é a sua família, formada há séculos por variadas circunstâncias. O tamanho de sua família não tem como ser estabelecido, porque não depende apenas de você, deve ter tido alguma parceria, algum empurrão ou vários empurrões, sem ilações humorísticas. E talvez haja algum poder de sua parte na definição desse seu mundo familiar, se ele está bem formado, se houve bons resultados ou apenas dores de cabeça.
- - - -
O outro mundo que afeta a sua vida é o Estado com as regras ditas comunitárias, da sociedade em que você e seu mundo familiar vivem ou sobrevivem. Iludido sempre, não tem como saber o tamanho do Estado que comanda a sua vida. Ele é gigantesco, avassalador ou pequeno, tudo depende de sua ótica ou suas possibilidades de agir e viver. Mas ele determina sempre o seu viver, como conquistar seu espaço, como pagar tributos, cada vez mais elevados, para obter o direito de ter, de ser ou de viver. O comando do Estado está diluído em agentes e estes formam, cada um deles, um mundo quase à parte mas que tem poder em sua vida.
- - - -
Os mundos iniciam ou terminam nos poderes formais do Estado, o Executivo, o Judiciário, o Legislativo e uma série de órgãos criados por eles para executar as suas determinações e exercerem os seus papéis. Todos estes poderes foram estabelecidos como vontade do povo, da sociedade, sob diferentes ângulos, alguns conhecidos como culturais, de crenças, geográficos, físicos, materiais. Cada um desses mundos possui agentes e não se tem noção do tamanho deles, mas estão sempre influindo no seu propalado direito de ir, vir e principalmente pensar. As formas e os meios de chegar a cada um desses poderes são um emaranhado de teias, com tentáculos intermináveis.
- - - -
Como consequência de tudo isso, e para que esses poderes sejam exercidos, formaram-se outros mundos que afetam diretamente no nosso direito de viver, ir, vir, conquistar, ter e manter. Os mundos da segurança e da insegurança, do trânsito, dos cartórios, dos partidos políticos, dos bastidores do tráfico, da saúde pública, dos produtores de combustíveis, da polícia militar em suas frentes municipais, estaduais e federais, dos presídios, das ongs, dos movimentos sindicais, trabalhistas, corporativos, das cooperativas, do sistema bancário, dos clubes de futebol e de outros esportes, confederações mil que regem e determinam mais os deveres do que os direitos, todos eles influenciando no que queremos, podemos, temos ou teremos.
- - - -
Como ser realizado pessoal, familiar ou comunitariamente com esses mundos influindo na nossa vida? Há que se ter primeiro conhecimento das coisas que nos afetam. Ter noção exata do tamanho do seu próprio mundo, que pode ser restrito, como muitos que conhecemos, de dimensões medianas ou bem maior como seria o ideal. Tudo depende de você, de sua auto-análise e das parcerias estabelecidas para viver e sobreviver. O preço de suas vontades e conquistas tem o tamanho de sua mente. Ou não?
- - - -
O que você acha, cara pálida?

Nenhum comentário: