quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cantinho Métio (V)

Bom, no início da década de 50, os piás das Ruas Morretes, Pará, Niepce da Silva, principalmente, reuniam-se para duas coisas: jogar búrico ou caspela. O primeiro era bola de gude, coisa que a gente aprendeu depois, quando os meninos disputavam quem colocava as bolinhas num buraco, ou se chegava mais perto do buraco. Ganhava quem punha as ditas lá dentro ou sua bolinha chegava mais perto. Já o jogo da caspela era que você teria que ter uma arruela e, batendo no poste de madeira, chegava mais perto de uma marcação, na conhecida caspelada. Quem perdia, ou seja, ficasse mais longe da marca, tinha que pagar com figurinhas das famosas Balas Zequinha.
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Ah, sim, e as figurinhas das Balas Zequinha! Havia algum prêmio maior para quem completasse a coleção dos 100 Zequinhas. Sempre tinha uma delas difícil, era a de número 100. A gente gastava todas as economias, se é que os parcos dinheiros daquela gurizada podia ser chamada de economias, na compra das balas. As balas eram doces, sim, mas o papel que as envolviam continham figuras do Zequinha. Quem viveu nas periferias de Curitiba, naqueles tempos, deve se lembrar.

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