terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

O preço da fama ou todos querem a desgraça dos vitoriosos?

Quando alguém como o jogador de futebol Ronaldinho resolve parar de trabalhar, aos trinta e quatro anos, alegando problemas de saúde, eis que surgem os que o apóiam e os que o criticam. Alguns, entristecidos naturalmente, por se tratar de um atleta de muito sucesso, no campo e fora dele, ainda mais pela sua contribuição para a beleza de jogadas de futebol no mundo. Se o chamaram de Fenômeno, havia motivos: em muitas oportunidades ele se mostrou fenomenal, pelo tipo de jogada, pelo jeito de botar a redonda no fundo das redes, lá no véu da noiva, no linguajar dos narradores.
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Agora, como tem gente maledicente quando alguém de sucesso na vida profissional resolve se ´aposentar´ naquilo que mais sabe e mais gosta! Se por um lado propiciou rendas e receitas para seus empresários e patrocinadores, percebendo também o que foi de seu direito, por outro um menino de sucesso, nascido nas periferias cariocas, ficou afamado pela vida desregrada fora de campo. Ouvi e vi a apresentadora Maria Braga descrever quantos filhos teve e tem, dentro do casamento e nas escapadas enquanto varava as noites e madrugadas fora. Parece normal que ele tenha tido um filho numa fortuita aventura depois de uma estada num bareco qualquer. Afinal, Ronaldinho podia fazer isso e seria bem normal. Hoje, aposentado, é descrito como um pai exemplar, que acorda de manhã e leva seu filho para a escola.
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Cruel deve ser a vida de gente com fama. Não tem sossego, em qualquer lugar, reunido com amigos na noite, é flagrado em alguns gestos que, ampliados pela imprensa sensacionalista, mostram estar aprontando. Se vai mal das pernas, engorda, a torcida pega no pé e o destrata. Chega um momento em que essa pessoa famosa resolve dar um basta, ser normal, embora tendo contribuído tanto para o esporte bretão. Mas, nem assim é deixado em paz, afinal, é o Ronaldo Fenômeno que, como pessoa, ser humano pensante, resolveu pendurar as chuteiras.
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Há setores da população que apreciam ver a desgraça alheia, assim como ficam embasbacados quando acontece um acidente em qualquer lugar. Mas, mais do nunca, muitos gostam de ver ou saber que alguém de tamanho sucesso na vida profissional, que tanto beneficiou o futebol brasileiro, finalmente chegou no lugar dos comuns cidadãos. Que pobreza de mentalidade e comportamento.
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Todos devemos homenagear Ronaldo, pelo que fez em sua brilhante carreira.

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