domingo, 20 de fevereiro de 2011

Temos muito de Tiririca, ah se temos!

Nenhum sociólogo deve ter levantado em suas pesquisas isso: o nosso legislativo e, mesmo, o executivo, está representando realmente o nível cultural do nosso povo, dos seus eleitores? Parece brincadeira de criança, sem muitas responsabilidade e é mesmo bastante hilário, mas todo povo tem no seu governo o que merece, o que está à sua altura e na sua real representatividade.
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Vejamos as eleições de figuras como o palhaço e humorista Tiritica, o jogador de futebol Romário, o Índio Juruna, até o jacaré Cacareco do Rio de Janeiro. Gozação irresponsável, sim, mas que mostra que a vontade do povo é diversa, difusa e uma forma de criticar o sistema eleitoral vigente, que é estabelecido e trabalhado por poucos para muitos nesta aldeia insensível de pedras urbanas. E o que faz o povo, em sua maioria? Com memória curta, achando que pode levar vantagens diversas, vende seu voto por ninharias, recebendo valores ou coisas que considera merecedores de suas tendências e vontades. E elege figuras folclóricas só para registrar seu nível de cultura pobre.
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Observemos o quadro dos nossos representantes nos Legislativos e, claro, por extensão, Executivos. Estão ali os representantes minoritários do povo, pelas regras eleitorais. Na somatória dos votos, pouco mais de 30 por cento de todos os votos garantem a presença dos representantes que, sempre no começo das Legislaturas, prometem fazer uma reforma eleitoral. Mas ficam apenas nas intenções, logo empurrarão com a barriga o assunto e tudo fica como está, deixando para o Judiciário decidir as confusões, os nepotismos, as regras desregradas que beneficiam aqueles mesmos marginais da ideal cidadania.
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E nós, Tiriticas da vida, continuaremos com nossas lidas.

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