sábado, 12 de fevereiro de 2011

Estamos felizes nas cavernas?

Se você ingressou numa organização internacional como Rotary, execeu quase todas as funções e atribuições delegadas pelos seus pares, aliás, super pares por serem líderes em suas atividades profissionais ou de negócios, chega num ponto de avaliação se realmente tudo o que fez foi útil, justo para todos os interessados, criou amizades e boa vontade e distribuiu reais benefícios a todos os interessados. Ah, e se você foi verdadeiro em tudo o que foi feito. Alguém do nosso relacionamento comunitário já avaliou isso algum dia?
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Pois estes pensamentos chegam por vezes em nosso dia-a-dia numa busca de se saber se o que foi realizado teve algum benefício. Creio sinceramente que para mim isso foi super importante, no que posso considerar de crescimento pessoal, aumento de auto-estima, ou preservação dela. Em eventos restritos ao clube, fora dele ou mesmo em acontecimentos regionais, nacionais ou internacionais, sente-se que o que está sendo feito tem importância, validade, beneficia muita gente, cria laços, faz com que não nos sintamos solitários no que pensamos e fazemos. Solidariedade é uma grande arma da vida em comum, mesmo que muitos criem cavernas para si mesmos.
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Sinto-me provocado quando constato que alguns desenvolvem as suas cavernas vivendo fora dali. Paradoxalmente, essas pessoas do meu relacionamento sabem difundir as regras, falam em amor e carinho, amizade, companheirismo, são até solidários em causas comuns, mas estão ainda nas suas cavernas. Conjugam aquela frase do faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço...
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Fico raciocinando que o egoismo se encalacra em algumas mentes e não há cartilhas ou livros que as façam sair de suas cascas. Será que elas conseguem abrir mão pelo comum, perdoar erros do próximo ou de si mesmas? Será que não sentem quão sublime é ser verdadeiro e saber realmente o sentido do ato de perdoar? Mundo difícil esse mundo do cada um para o seu lado, cada um faz o que quer sem vislumbrar que agir com solidariedade não é apenas dar alimento a quem tem fome ou água para quem tem sede... O ser humano dos atuais tempos deveria ser solidário consigo mesmo, aumentar os círculos de sua vivência e sobrevivência e trazer alento a quem está desesperado, mostrar caminhos que façam esse mundo mais pacífico, mais feliz e mais realizado.
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Assim, fico imaginando quantas desilusões e tristezas que alguns pequenos gestos nossos provocam em pessoas sem que tenhamos a verdadeira consciência que aqui estamos porque um ser superior nos trouxe para estas paragens físicas! Não agradecer e não retribuir por isso, deixando de nos comportar como seres verdadeiros, justos, amáveis e benéficos, é próprio de quem quer viver em cavernas.

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