quarta-feira, 9 de março de 2011

Discriminação estatal

Tudo bem que a Petrobrás patrocine um time de futebol, que alardeia ser o de maior torcida do Brasil, a do Flamengo. Sabemos que a Petrobrás é um holding, com mais de sessenta por cento de seu capital nas mãos de grupos estrangeiros e a sua diretoria apontada por um sócio minoritário, o governo federal, por questões estatutárias e composição acionária.
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Agora, ver nas camisas de um time carioca a logomarca de uma empresa 100% estatal, a Eletrobrás, que não tem concorrente, sendo a empresa que comanda o sistema elétrico nacional, salta aos olhos a discriminação de verbas publicitárias públicas. Algum juiz ou procurador federal denunciou isso algum dia? Claro que não. Vocë vê publicidade oficial do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal em equipes de volibol, de basquete, de futebol de praia, de futivolibol. Isso é justo para todos os brasileiros? Claro que não. E ninguém denuncia isso.
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Não sei bem como isso pode acontecer num país que se acha, apenas se acha, justo para os interesses comuns. Essas verbas, se fossem investidas nas escolinhas de esportes olímpicos, vai lá, daria para entender, pois precisamos incentivar a formação de campeões. Mas jogar dinheiro em clubes de investidores particulares, donos de passes de jogadores, mercadejadores dos talentos brasileiros, esquentadores de dinheiros escusos e ninguém, mas ninguém do Ministério Público denunciar esses descalabros e essas injustiças com o dinheiro comum é mesmo de virar a cachola.
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Em que país, na verdade, estamos?

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