sexta-feira, 18 de março de 2011

Nunca é tarde para sonhar, uma palavra quase esquecida...

Vejam se isso estaria errado: muita gente esquece de sonhar com alguma coisa, com algum desejo, com alguma coisa boa para si ou para outros. Ficam morgando na maioria do tempo, indo a barzinhos, experimentando prazeres que a nada levam a não ser passar o tempo. Quando param para pensar, se é que têm tempo para isso, continuam tocando a vida com ter um sonho, um desejo, um almejar.
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Quando isso passa, já estão mais velhas essas pessoas sem ter realizado alguma coisa boa para si ou para outros. Claro, há os que conseguem atingir seus objetivos, na maioria das vezes materiais, como casa, apartamento, carros, viagens, mas isso é passageiro, as casas ou moradas envelhecem também, desgastam-se, os carros vão parando nas estradas e ruas e vão para as sucatas da vida. Desejos tidos e realizados? Só materiais? E os que na maioria das vezes nada custam, apenas exigiram gestos e posturas das pessoas. Isso foi feito e conseguido? Tiveram alegrias em oferecer alegrias aos outros, ao próximo?
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Sonhos nada custam, basta tê-los e realizá-los. Mas isso exige tomada de decisão, iniciativa, criatividade, sensibilidade, conscientização, ir em frente sem medir espaços, andares. Quantos de nós, em várias fases da vida, ficamos em dúvidas diante dos rumos a tomar hoje, amanhã e depois de amanhã!? Lembro uma boa fase de minha juventude em que tinha expectativas diante do amanhã, não via a hora de virar adulto, de ter meu espaço pessoal, dentro e fora da família, como profissional também. Tinha anseios e desejos de ter meu próprio espaço na vida. E isso parecia que nunca iria acontecer.
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Posso dizer hoje que esses tempos e essas expectivas passaram, obtive sucessos, tive fracassos e convivi com maldades, insucessos, com aproveitadores das minhas experiências e meus contatos e considero que os sonhos foram até ultrapassados pela postura que consegui impor no meu dia-a-dia. Sou sonhador, sim, sou otimista também, mas a falta momentânea de visão e dos sentimentos alheios pode muitas vezes atrapalhar o seu andar em busca dos sonhos em ver um mundo melhor à sua volta, de ter amigos sinceros que normalmente são poucos, ter uma família unida e compreensiva que não sofra, não tenha dificuldades e que as coisas funcionem proporcionando alegrias e felicidades.
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Sonhos reais e possíveis? Existem, sim, desde que você tenha consciência do seu potencial, tenha a sensibilidade e a percepção diante do sentir das outras pessoas e veja nelas também uma forma de conjugar esforços pelo bem comum, pelas coisas certas e que deixem as maldades e os egocentrismos de lado. Se a gente perceber que os nossos direitos terminam quando começam os direitos dos outros, quando sentirmos que estamos conjugando e somando, quando vermos que o mundo é bom se quisermos e o fizermos, está aí, talvez, a fórmula correta de que os sonhos são possíveis, são viáveis. Basta agir e buscá-los.
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Não existe coisa mais realizadora do que ver e sentir estampados no semblante dos outros o resultado de sua ação pelo bem comum.

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