quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Estamos mesmo numa República?

Parece ser um material para uma ilusória coluna do Livre Pensar. Mas, diante de tanta coisa que a gente sabe que existe e que não sabemos como funciona, será mesmo que estamos vivendo numa República? Senão, vejamos:


1. A indústria do lixo em qualquer cidade é um grande negócio para uns, comandado por alguns sem que se saiba qual o verdadeiro volume de recursos manipulados. Alguém poderia nos dizer qual é mesmo o balanço do trabalho de recolher o lixo e depositar e quanto isso rende para o Município ou quanto o Município gasta com isso? Sabe-se que são feitas licitações, que determinados grupos de empresas assumem as atividades mas não se tem prestação de contas, abertas, para o que distinto público, viseirado contribuinte, saiba de valores. Se é um grande negócio? Ora, se é. Por isso e outras coisas que as licitações são feitas, anunciadas, registradas e contestadas. Grande$ intere$$e$, grande$ negócio$.
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2. Sabe o pobre mortal, contribuinte e pagador quase até pelo ar que respira, qual o volume de dinheiro em caixa nos Tribunais e nos cartórios? Poucos são os privilegiados que conhecem isso. A gente até pode imaginar que existem leis e decretos estabelecendo os procedimentos judiciais, mas não há publicação nos diários oficiais e muito menos nos veículos de comunicação que poderiam e deveriam difundir as coisas à luz das coisas republicanas...
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3. E transporte coletivo nessas plagas brasileiras? Imaginemos que a coisa é pública, ela é, de fato, legalizada, mas é coisa pública concedida para quem gosta de lucros, em nome do povo, seu patrã. Os governos não conseguem administrar diretamente e, assim, delegam essas tarefas para quem se sinta competente. Fazem as concessões. Formam-se empresas, ou grupos de empresas e, claro, os donos das empresas formam um pool e distribuem entre si o trabalho. Sabemos nós quanto que arrecadam e quanto que repassam aos munícipes, através dos Executivos? Os diligentes e sempre atentos vereadores e as vereadoras sabem qual é o balanço diário, semanal ou mensal dessas concessões? Duvido, mas que é um grande negócio, i$$o é...
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4. O volume que se arrecada com os impostos pelo uso de automóveis, sabemos qual o montante e onde é aplicado? Há leis e decretos regulamentando tudo isso, que deve haver prestação de contas, mas apenas ao Tribunal da União? E o povo desta República, conhece os montantes arrecadados e usados?
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5. Enfim, este livre pensar instiga a gente a cuidar mais do nosso bolso. Usar o menos possível as coisas vistas como públicas. Pois, se pagamos pelo serviço, precisaríamos conhecer os destinos das nossas contribuições...

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