sexta-feira, 20 de julho de 2007

As invejáveis/invejadas diferenças

1.
Tive oportunidade de acompanhar a colheita de trigo em seis mil acres, aqui em Pendleton, Oregon, USA, de propriedade de um amigo de minha filha Clarissa, o Bob, e pude ver uma invejável diferença na tecnologia e nos acessos aos locais da plantação. Maquinários super confortáveis e ágeis e os acessos todos asfaltados às propriedades. O que temos nós, no Paraná principalmente, em termos de rodovias que o Governo chama de vicinais, sem acostamentos e cheias de curvas, aqui elas ligam uma propriedade à outra.

2.
Calçadas nas ruas de cidades tanto pequenas como grandes. Uma descomunal diferença. O piso é antiderrapante mesmo, usam material adequado, cimento, areia em quantidades adequadas para que não partam. A cada esquina, há recortes para que os cadeirantes possam descer e subir nas e das calçadas. Enquanto isso, em nossa cidade mais próxima, as coisas mais lastimáveis ocorrem ou, melhor, não ocorrem as soluções para quem ainda vota, ainda tem influência na hora das eleições. Nossas principais autoridades fingem que sabem e que delegam, mas querem é que os idosos e os cadeirantes se lixem. Na acepção dupla da palavra.

3.
E os materiais recicláveis, então!? Aqui nos Estados Unidos, pelo menos na cidade onde fico mais tempo, o cidadão paga para que o Município, a cidade, recolham o material, tanto papelão, vidros, plásticos, etc. Quando você leva jornais e papéis em geral para serem picotados, há um pagamento se não atingir determinado peso. Caso o volume e o peso sejam maiores, você nada paga pela responsabilidade que se delega à autoridade.

4.
O fazendeiro é acusado pelos que não conhecem o sistema americano de receber subsídios do Governo para plantar, ou, cultivar a terra. Ledo engano: enquanto o americano tem incentivos apenas para aquisição de maquinário e eventualmente algum benefício no pagamento de imposto de renda, para comprar veículos para seu trabalho e sua atividade, ele apenas pode plantar uma vez ao ano e não há como fazer seguro da produção agrícola. Deu problema, ele arca com tudo. Enquanto isso, no Brasil, vocês conhecem quanto apoio o agricultor recebe! Só se for integrante do MST, na verdade, este recebe todo incentivo de como não produzir a terra.

5.
Sinaleiros nas ruas, eis outra grande diferença. Aqui a coisa aperta quando algum motorista atropela ou mesmo ameaça atropelar uma pessoa, ou apressa para que ele desimpeça a rua. Todos se cuidam. Poucos sinaleiros existem, dando-se preferência sempre para o pedestre. E, onde não há sinaleiro, existem quatro placas de STOP. Ou seja, tem preferência quem tenha chegado antes e daí pode seguir. Claro, depois de qualquer pedestre passar.

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