domingo, 22 de julho de 2007

Crescer, manter ou apenas sobreviver?

Alguns amigos até fizeram chegar a mim uma dedução, de que meu blog seria majoritamente sobre assuntos de Rotary, organização ao qual pertenço desde novembro de 1979. Pois a idéia não tinha sido aventada nesse sentido, por mim, pois queria fazer o que venho fazendo, historiando coisas, estoriando idem, fornecendo algumas notícias. E, claro, temas de e para rotarianos são muito bons, ainda mais que a organização é uma das poucas que se mantém intata em termos de cumprimentos éticos e morais, sempre construindo um futuro melhor para as comunidades mundiais necessitadas.

Assim, neste domingo, coloco um assunto para rotarianos, almejando que sirva para alguns líderes que estão chegando e outros chegados antes mas que poderiam acompanhar um pouco meu raciocínio sobre admitir sócios, manter os atuais ou criar novos clubes, temas bastante controversos em alguns meios rotários. Vaí lá:

Compartilhadores de Rotary!

Todo ano, sempre entre um PETS e o início da divulgação dos planos dos novos Governadores distritais, tenho observado que há constantemente uma dificuldade de ação e visão sobre o crescimento em Rotary. E olhem que tenho visitado diversos Distritos, visto muitas cartas mensais e anotado com certa tristeza que as metas sobre criação de novos clubes e aumento real do quadro social não são atingidas e muito menos justificadas.

Uns Governadores, parece-nos, assumem os desalentos do passado e tentam por vezes justificar os planos que não foram alcançados na área. Outros jogam a culpa nos líderes escolhidos que não atuaram e nem fizeram esforços para entender as mensagens de desenvolvimento do quadro social pretendidos anualmente por RI. Outros mais, a maioria segundo meu entendimento, fazem o que acontece nos seus próprios clubes: há planos e metas, divulga-se um pouco o que se pretende fazer na hora da posse, mencionam-se os nomes dos responsáveis pela programação toda e se fica nisso.

Claro que há clubes quase perfeitos nos seus programas anuais, mas eles são poucos. Os governadores, antes de suas conferências, têm alguma dificuldade para enumerar os sucessos obtidos pelos clubes, para fazerem reconhecimentos nos seus eventos principais. E, vem ano, vai ano, praticamente são os mesmos clubes, aqueles bem organizados, conhecedores dos regulamentos e das potencialidades de Rotary junto às comunidades, que disputam as premiações distritais.

Não tenho os números do aumento real de associados em Rotary, no Brasil, na gestão passada, mas tomei conhecimento de que 49 novos clubes foram admitidos em Rotary International no ano 2006-2007. Seguramente, esses quase mil novos nomes (considerando que em média cada novo clube tem 20 sócios - a lista inicial é de 25, mas nas primeiras semanas a média diminui, infelizmente) devem ter pesado bastante no balanço final do desenvolvimento do quadro social.

O que gostaria de dizer, se é que me é permitido depois de ter sido governador há dez anos, é que se no Distrito o novo Governador não estabelecer metas reais e plausíveis para o desenvolvimento do quadro social e para a expansão/criação de novos clubes, na mesma vontade de agir, sem traumas e sem assumir desalentos/frustrações do passado nessas duas áreas, teremos que amargar balanços negativos a cada ano.

Tenho, sim, meu pedaço de culpa nisso tudo, naquilo que me concerne como líder rotariano. Queria apenas deixar esse alerta aos novos governadores e suas equipes de trabalho.

No mais, compartilhemos Rotary, admitindo sócios qualificados em suas profissões, mantendo os atuais encantados com o rotarismo e fundando novos clubes, novos núcleos do servir para líderes que ainda não estão cerrando forças conosco, pela comunidade.

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